Dá para enriquecer com o coronavírus? Dona de farmacêutica da China prova que sim

Na batalha contra o coronavírus, um ensaio de vacina é quase sempre um incentivo para as ações de farmacêuticas.
As ações da Chongqing Zhifei Biological Products subiram 80% desde o fim de junho, quando a farmacêutica divulgou que o regulador de fármacos da China aprovou o teste clínico em humanos de uma vacina contra a Covid-19. Com alta de 256% neste ano até quarta-feira, a ação tem o melhor desempenho no índice ChiNext.
Os ganhos impulsionaram a fortuna de Jiang Rensheng, presidente do conselho da Zhifei, para US$ 19,4 bilhões, deixando-o mais perto do clube das 10 pessoas mais ricas da China, dominado por magnatas da tecnologia e do setor imobiliário, de acordo com o Índice de Bilionários Bloomberg.
Só em julho, seu patrimônio líquido mais do que dobrou, o crescimento mais rápido entre as 500 pessoas mais ricas do mundo.
Neste ano, a fortuna de Jiang, de 66 anos, aumentou em US$ 14,4 bilhões. Ele tem participação de 56% na Zhifei.
Riqueza não é a verdadeira medida de sucesso, responsabilidade social, sim, disse Jiang a estudantes em sua alma mater em maio de 2019.
Sua empresa vende vacinas para infecções como gripe e meningite, e é a única empresa chinesa autorizada a comercializar um tratamento da Merck & Co. para prevenir câncer do colo do útero.
A Zhifei reportou lucro líquido de 1,5 bilhão de yuans nos primeiros seis meses de 2020, um aumento de 30% em relação ao ano passado.
A empresa disse que realiza ensaios clínicos de fase 1 e 2 com sua vacina contra o coronavírus.
A Zhifei não respondeu a um pedido de comentário.
Embora o patrimônio líquido de Jiang tenha crescido mais rapidamente entre as 500 pessoas mais ricas do mundo em julho, Jeff Bezos, Elon Musk e Mukesh Ambani acumularam mais dinheiro do que ele.
Cada um aumentou suas fortunas em US$ 14,5 bilhões no mês passado, de acordo com o índice de riqueza da Bloomberg.