Internacional

França e Itália estão alinhadas sobre necessidade de adiar votação final sobre acordo UE-Mercosul

15 dez 2025, 16:10 - atualizado em 15 dez 2025, 16:10
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O Palácio do Eliseu e o gabinete de Meloni não responderam imediatamente aos pedidos de comentários nesta segunda-feira (Foto: REUTERS/Francois Lenoir)

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, e o presidente da França, Emmanuel Macron, concordaram com a necessidade de adiar a votação final da União Europeia sobre o acordo comercial com o Mercosul, disseram duas fontes familiarizadas com a discussão à Reuters nesta segunda-feira.

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A França tem tentado reunir outros países da UE para formar uma minoria de bloqueio contra o acordo negociado pela Comissão Europeia. Uma votação está prevista para esta semana em Bruxelas.

Defensores do acordo afirmam que ele oferece uma alternativa para diminuir a dependência da China, especialmente em relação a minerais essenciais, e um alívio do impacto das tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Uma terceira fonte avaliou que a França poderia ter uma minoria de bloqueio caso a Dinamarca, que detém a presidência rotativa do bloco, avançasse com uma votação. Uma minoria de bloqueio exige o apoio de pelo menos quatro Estados-membros que representem 35% da população da UE.

A Polônia e a Hungria se opõem ao acordo comercial do Mercosul, enquanto a Áustria e a Irlanda expressaram simpatia pela posição francesa.

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O Palácio do Eliseu e o gabinete de Meloni não responderam imediatamente aos pedidos de comentários nesta segunda-feira.

No domingo, o governo francês anunciou que estava tentando adiar a votação da UE para aprovar o acordo, a fim de obter “proteções legítimas” para os agricultores.

É necessária uma votação final sobre o pacto comercial com os membros do Mercosul — Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai — , antes que ele possa ser ratificado pelos Estados membros. Firmado há um ano, o acordo abriria novos mercados para os exportadores europeus, duramente atingidos pelas tarifas dos EUA e pela concorrência chinesa, e daria a Bruxelas novos aliados comerciais.

Mas ele enfrenta a resistência de agricultores europeus, que temem uma enxurrada de importações baratas com regras ambientais menos rigorosas, especialmente de carne bovina e de frango, que poderia prejudicar seus produtos nos mercados domésticos.

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A Comissão, que é responsável pela negociação dos acordos comerciais da UE, ofereceu salvaguardas para os agricultores em outubro, mas a França as considerou “incompletas”.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
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