Internacional

Frigorífico paraguaio de dono brasileiro faz primeira emissão de bônus globais do país

31 jan 2020, 15:05 - atualizado em 31 jan 2020, 15:16
Raças europeias estão entre os destaques da empresa paraguaia (Frigorifico Verdi)

O Frigorífico Concepción, do Paraguai, presidido pelo brasileiro Jair Lima, acaba de fazer a primeira emissão de bônus globais de uma empresa do país. As senior notes de US$ 100 milhões foram registradas na Bolsa de Luxemburgo, e tanto a empresa quanto os títulos receberam a certificação de B- da Standard & Poors.

Segundo informações do grupo transmitidas ao Money Times, a operação foi estruturada pelo banco de investimentos Oppenheimer, com sede em Nova York. E contou ainda com o “colocador” paraguaio, o Verbank Securities, e a assessoria do consultor financeiro Marck De Wilde Jr.

Os títulos emitidos pelo Concepción – empresa que exporta 90% das 11,5 mil toneladas de carnes (com osso) mensais, correspondentes a 50 mil animais abatidos -, têm prazo de cinco anos e pagarão um cupom semestral de 10,25%. A partir de 2023 o grupo de Jair Lima pode pagar parcial ou totalmente os bônus.

O frigorífico atraiu interesses de investidores nos Estados Unidos, Europa e Ásia.

Empresa

Além da operação industrial baseada na cidade de Concepción, com marcas como Beef Club, basicamente assentadas sobre a raça brangus e angus, o grupo possui propriedade rural no norte do país, onde mantém um rebanho estratégico de 40 mil cabeças. E avança na tecnologia da rastreabilidade.

O Frigorífico Concepción, que já teve operações com o Marfrig – no ano passado foi ventilado no mercado que a companhia brasileira poderia comprá-lo – é especializado em cortes especiais, daí que acessa praticamente todos os países da Europa. A Rússia é um dos principais destinos que, entre outros, está o Brasil também.

O grupo também está presente na Bolívia, com o Frigorífico BCP, planta habilitada a exportar à China.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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