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Frigoríficos em 2024: XP vê cenário otimista para um setor e reforça ‘top pick’; confira

27 nov 2023, 12:37 - atualizado em 27 nov 2023, 12:37
brf frigorífico
XP Investimentos prevê cenário mais otimista em termos de oferta e preços em 2024; entenda quem deve ganhar com este cenário (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

Na semana passada, a XP Investimentos realizou alguma reuniões com investidores e empresas do setor de aves, como a São Salvador Alimentos (SSA) e a GT Foods.

A corretora chegou a três conclusões para os frigoríficos:

  1. Os recentes ajustes na oferta foram além da produção de pintos de corte e estão levando a um ambiente de oferta e demanda mais saudável, pelo menos até o fim do 1T24;
  2. Apesar de menores custos, as vendas futuras do 1T24 estão sustentando melhores preços;
  3. As exportações melhoraram, mas permanecem como um risco altista para 2024.

De forma geral, a XP está mais otimista e reforçou sua visão para a sua top pick (ação favorita), a BRF (BRFS3), entre os frigoríficos, enquanto espera uma recuperação nas margens da Seara.

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Junto a uma estratégia de grãos mais assertiva e um programa contínuo de eficiência operacional com resultados tangíveis, a XP espera que a BRF continue superando seus pares do setor.

Melhor ambiente para oferta e preços em 2024

Além da queda na produção de pintos de corte (que atingiu 607,9 milhões em maio, e dados preliminares indicam 559,4 milhões em novembro), o setor diminuiu a produção de matrizes para aproximadamente 4,5-4,6 milhões (do máximo do ano de 5,2 milhões), além do peso de abate das aves em até 10%.

Todos os fatores combinados devem impulsionar um ambiente de oferta saudável pelo menos até o fim do 1T24.

As companhias consideram que, apesar do aumento das margens, não é esperada uma recuperação na produção de pintos de corte no médio prazo, e há ainda algum espaço até que a dinâmica da oferta e demanda fique novamente desequilibrada (~575 milhões em produção de pintos de corte).

Apesar da queda nos custos, liderada pelo já mencionado ajuste na oferta, a maioria dos players está operando com estoques abaixo da média histórica.

Além disso, a recente tendência de alta nos preços da carne bovina ajudou e deve continuar beneficiando os preços das aves ao longo de 2024, liderada pela desaceleração no abate de bovinos, na visão das companhias.

Por fim, as empresas estão confiantes de que a queda sequencial sazonal de resultados que normalmente ocorre no 1T poderá ser menor em 2024.

XP vê melhora para exportações, mas preços dos grãos preocupam

O mercado de exportação se estabilizou, o que, aliado à redução dos custos, indica melhores perspectivas após forte tendência de queda de preços. A demanda na China e no Japão ainda está atrasada, embora também haja efeitos negativos decorrentes da taxa de câmbio no Japão.

Em nota positiva, as companhias mencionaram que a dinâmica da demanda é positiva nos Emirados Árabes e na Arábia Saudita. Por fim, ambas as companhias estão otimistas em relação aos volumes para o México em 2024, especialmente considerando a queda esperada na produção de carne dos EUA no próximo ano (tanto aves quanto carne bovina).

Embora há dois meses a estratégia do setor fosse adiar a originação para 2024 devido a uma visão pessimista sobre os preços dos grãos, houve uma mudança devido às adversidades climáticas. As companhias, em geral, têm a necessidade de milho para os próximos 4-5 meses, embora os preços continuem atrativos.

As companhias partilham da opinião da XP de que é demasiado cedo para avaliar uma perda de colheita na safrinha em 2024, embora isso seja algo a acompanhar de perto.

Por fim, entre os frigoríficos, a XP recomenda compra com preço-alvo de R$ 15,70 para BRF, com potencial de alta de 12%. Por volta de 12h10 desta segunda-feira (27), a ação avançava 2,49%.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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