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Frigoríficos sentem força da China por preços menores ante pressão do dólar sobre o yuan

09 set 2022, 10:48 - atualizado em 09 set 2022, 11:10
Carnes, China
Carne brasileira bovina teve queda de preços nas vendas às exportações (Imagem: China REUTERS/Tingshu Wang)

No pacote de preocupações com a China, a paridade do yuan com o dólar é sinal de alerta para os exportadores mundiais dependentes dessa economia. As importações ficam mais caras para o país com a moeda local desvalorizada.

A Agrifatto, em reporte para seus clientes nesta manhã de sexta (9), já registra que houve pressão sobre os preços da carne bovina brasileira, em valores que serão consolidados quando a Secex relatar as vendas oficiais de setembro dos participantes, sendo Marfrig (MRFG3), JBS (JBSS3), Minerva (BEEF3) e Frigol entre os principais.

Os três primeiros, listados na B3 (B3SA3), entram no radar dos investidores.

Pequim luta para evitar a desvalorização da divisa via afrouxamento monetário. O mercado local fechou hoje em leve queda, mas ainda ralando próximo de 1 yuan para US$ 7.

Embora se generalize para todos os produtos adquiridos dos fornecedores, as commodities agrícolas ainda têm o suporte das cotações de Chicago e Nova York.

Os preços podem até sentir a falta de estímulo de alta que viria com demanda mais elástica dos chineses, que poderiam importar mais se o câmbio estivesse mais favorável – e isso explica, em parte, a redução de 24% das importações de soja em agosto -, mas há outros fatores em jogo.

Safras – oferta – por exemplo.

O caso das carnes é diferente, porque não existe bolsa de futuros regulando.

A formação de preços praticamente é determinada entre comprador e vendedor. E o peso da China, ‘pesa’, ante a dependência absoluta desse destino para a proteína brasileira.

“O mercado chinês forçou pressões baixistas sobre as cotações e conseguiu efetivar graças ao aceite dos exportadores brasileiros”, escreveu a consultoria.

Apesar disso, há fôlego de alta para as exportações ao país asiático, que começa a se preparar para formar os grandes estoques para início de 2023.

Em agosto, sozinha a China comprou 131,8 mil toneladas, de um total de 230,1 mil/t, injetando mais de 60% das receitas totais de US$ 1,36 bilhão.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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