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Fundo Digital Colony compra ativos de centro de dados da UOL Diveo

23 abr 2020, 12:33 - atualizado em 23 abr 2020, 12:33
A nova plataforma, Scala Data Centers, será uma das maiores do gênero no Brasil (Imagem: Divulgação/Uol)

A Digital Colony Management, braço de investimentos da Colony Capital, acelera a expansão na América Latina com a compra de ativos de data center do Grupo Folha, justo quando quarentenas ao redor mundo aumentam a demanda por infraestrutura digital.

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Os ativos, controlados pela unidade UOL Diveo da Folha, farão parte de uma nova plataforma de data center com sede em São Paulo sob o comando de Marcos Peigo, ex-executivo da IBM, disse o diretor-presidente da Digital Colony, Marc Ganzi, que deve assumir a presidência da Colony Capital, com sede em Los Angeles, em julho.

A nova plataforma, Scala Data Centers, será uma das maiores do gênero no Brasil e com a meta de crescer por meio de aquisições, disse Ganzi.

“A situação na América Latina não é diferente da situação aqui: as empresas têm pedido aos funcionários que trabalhem em casa e, além disso, o crescimento de nuvem na América Latina é significativo. Temos uma enorme oportunidade de investir capital por meio de alguns de nossos melhores relacionamentos na região”, disse Ganzi em entrevista.

A transação avalia os ativos entre US$ 300 milhões e US$ 400 milhões, de acordo com uma pessoa com conhecimento do assunto que pediu para não ser identificada.

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Ganzi disse que as empresas negociavam o acordo há cerca de um ano, e a maior parte da diligência prévia e conversas foram concluídas antes de o mundo entrar no modo confinamento.

O acordo será financiado em parte com capital do fundo inaugural da Digital Colony, disse Ganzi. A transação segue a compra da Highline do Brasil pela Digital Colony ano passado.

Nos EUA, a empresa fez parte de um consórcio que no mês passado concluiu uma das maiores aquisições alavancadas de 2019, com a compra da empresa de rede de fibra óptica Zayo Group Holdings por US$ 14,3 bilhões.

O setor de infraestrutura digital é uma rara exceção positiva em meio ao impacto da pandemia de coronavírus nos mercados e em vários setores, como companhias aéreas e varejo, e que também limitou fusões e aquisições.

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Clientes da Digital Colony incluem provedores de telecomunicações e de banda larga, bem como gigantes de conteúdo da Internet, que surfam na forte demanda diante do maior número de pessoas que trabalham em casa, ajudam os filhos nas tarefas escolares e se divertem com plataformas como Netflix.

“Observamos duas temáticas principais nos últimos 30 dias. Os clientes têm pedido mais capacidade de banda larga e há crescimento contínuo da computação em nuvem por causa da demanda crescente” de grandes players de tecnologia, disse Ganzi.

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bloomberg@moneytimes.com.br