Fundo imobiliário aprova programa de recompra de cotas; veja os detalhes
O fundo imobiliário REC Logística (RELG11) anunciou, na noite de quinta-feira (18), a criação de um programa de recompra de suas próprias cotas, que poderá alcançar até 10% do total em circulação.
A iniciativa foi autorizada em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) encerrada em 13 de dezembro de 2025 e permite que o FII recompre até 133.456 papéis ao longo de um período de até 12 meses.
Segundo o comunicado divulgado ao mercado, as aquisições poderão ocorrer a qualquer momento entre o pregão de 2 de janeiro de 2026 e 17 de dezembro do mesmo ano, a critério da gestora.
As recompras, no entanto, deverão respeitar uma condição específica: o preço pago pelas cotas deverá ser inferior ao valor patrimonial do dia imediatamente anterior à operação.
De acordo com o RELG11, os papéis eventualmente adquiridos serão cancelados, o que reduz o número total em circulação.
O administrador do fundo ressaltou, porém, que o programa não representa uma obrigação nem garante que as recompras serão efetivamente realizadas. A execução dependerá de decisões internas e das condições de mercado ao longo do período.
Recompra de cotas
Operação já comum entre empresas listadas na bolsa, a recompra de cotas por fundos imobiliários e fiagros passou a ser autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em maio deste ano.
Na B3, companhias abertas costumam recorrer ao programa quando consideram que seus papéis estão descontados, como forma de demonstrar confiança aos acionistas.
No entanto, segundo a mais recente edição da pesquisa semestral do BTG Pactual, que ouviu 22 gestoras de FIIs sobre as expectativas para os próximos 12 meses, não há consenso sobre a adoção de programas de recompra ao longo de 2026, o que indica um cenário de indefinição.
Quando o tema é crescimento de portfólio, as emissões privadas seguem como a alternativa preferida entre os gestores, mantendo uma tendência já observada ao longo de 2025.