Fundo imobiliário HFOF11 anuncia recompra de 11,5 milhões de cotas; entenda os impactos

O fundo imobiliário HFOF11 anunciou, nesta segunda-feira (4), a implementação de um programa de recompra de cotas. A iniciativa havia sido autorizada em assembleia geral extraordinária (AGE).
Segundo fato relevante divulgado ao mercado, a recompra terá início no próximo dia 18 e poderá durar até 12 meses, com encerramento previsto para 3 de agosto de 2026.
O fundo poderá recomprar até 11.523.000 milhões de cotas — o equivalente a 5% do total em circulação — em operações realizadas na B3, a Bolsa de Valores do Brasil.
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As aquisições ocorrerão a preço de mercado, desde que inferior ao valor patrimonial no dia anterior à recompra. Além disso, todos os papéis adquiridos serão imediatamente cancelados.
Movimento positivo
Para Leonardo Veríssimo, analista de FIIs da Eleven Financial, a operação é considerada positiva e tende a beneficiar os investidores.
“A vantagem para os cotistas é que o gestor está recomprando as próprias cotas e posteriormente cancelando, o que impacta positivamente os papéis remanescentes, que passam a receber um resultado proporcional maior”, afirmou ao Money Times.
Veríssimo também destaca o sinal dado pelo FII ao mercado. “A recompra sinaliza que o gestor acredita no próprio fundo”.
O analista, no entanto, chama atenção para a forma como o programa será conduzido, alertando que deve haver cautela para não distorcer os preços dos papéis.
“O ponto de atenção é como a recompra será realizada, para não inflar artificialmente a cotação no mercado secundário”, ressaltou.
CVM libera recompra de cotas
A recompra de cotas por FIIs e Fiagros foi autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no fim de maio. A medida veio após o tema ganhar força desde o final do ano passado, impulsionado pela forte desvalorização dos ativos.
A prática já é comum entre empresas com ações listadas na B3. Na prática, companhias abertas costumam recorrer à recompra quando consideram que seus papéis estão descontados – como forma de demonstrar confiança aos acionistas.