Fundo imobiliário leva calote e suspende distribuição de rendimentos

O fundo imobiliário Edifício Galeria (EDGA11) comunicou, por meio de fato relevante, que deixou de receber os aluguéis de alguns locatários.
De acordo com o comunicado, como consequência, não haverá resultado em caixa disponível para distribuição de rendimentos até que os efeitos gerados pela inadimplência sejam integralmente compensados.
O fundo informou, ainda, que apurou um prejuízo de R$ 885.247,45, o que representa um impacto negativo de R$ 0,23 por cota.
Com a falta de pagamento dos aluguéis, o FII precisou arcar com despesas obrigatórias, como condomínio, IPTU e custas judiciais.
A administradora do EDGA11, BTG Pactual Serviços Financeiros, afirmou que já tomou medidas para reaver os valores devidos junto aos locatários, com ações de cobrança e despejo, e que manterá o mercado informado sobre os próximos desdobramentos.
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Outros calotes
Em março deste ano, o fundo já havia informado o não recebimento de aluguéis com vencimento naquele mês. Na ocasião, o impacto foi de aproximadamente R$ 0,02 por cota.
Em fevereiro, o FII também comunicou a inadimplência de algumas locatárias, com o mesmo efeito negativo.
Conhecendo o EDGA11
Com pouco mais de quatro mil cotistas, o EDGA11 é um fundo imobiliário monoinquilino, proprietário de 100% do Edifício Galeria, localizado no centro do Rio de Janeiro.
O imóvel conta com oito pavimentos de lajes corporativas, cinco lojas, dois restaurantes com área de convivência, além de um mall (centro de compras) distribuído entre o térreo e o subsolo.
No entanto, atualmente, o empreendimento apresenta cerca de 23% de vacância — espaços vagos e sem geração de receita.
