MXRF11 anuncia novo pagamento de dividendos; IFIX inicia junho com boas perspectivas

O fundo imobiliário Maxi Renda (MXRF11), o maior da Bolsa de Valores em número de investidores, anunciou que pagará R$ 0,10 por cota em dividendos no próximo dia 13 de junho – mesmo valor do mês anterior.
Terão direito ao recebimento os cotistas que mantiveram posição no FII até 30 de maio, ‘data-base’ para o pagamento.
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No acumulado de 12 meses, o MXRF11 já distribuiu R$ 1,14 por cota em proventos. Com isso, considerando o último fechamento da cota, de R$ 9,57, o fundo apresenta um dividend yield anualizado de 11,91%.
Vale lembrar que os rendimentos pagos pelos FIIs a pessoas físicas são isentos de imposto de renda.
MXRF11 mantém viés positivo, mas há pontos de atenção
Em relatório recente, o BB Investimentos apontou que o MXRF11 segue com perspectiva positiva, embora sua cota esteja sendo negociada próxima ao valor patrimonial (P/VP).
Na visão da casa, o fundo deve continuar atrativo tanto em razão do IPCA (inflação) elevado quanto pelo ganho de capital proporcionado pela pulverização do portfólio e pelas boas garantias.
O analista André Oliveira, responsável pelo documento, destacou que a expectativa de fim do ciclo de alta da Selic tende a favorecer a valorização de projetos imobiliários e de CRIs via marcação a mercado.
O relatório também ressalta que 80% do patrimônio do Maxi Renda está alocado em 88 operações de CRIs — a maioria originada pela própria XP, gestora do fundo — e 13% em permutas financeiras.
Apesar da visão construtiva, o BB aponta desafios pontuais em apenas três ativos da carteira, que não alcançam nem 2% do patrimônio.
A casa ainda alerta que “permutas estão sujeitas aos ciclos imobiliários, aumentando, portanto, o risco do portfólio”.
IFIX inicia junho com viés otimista
O Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) renovou sua máxima histórica pelo terceiro dia consecutivo na sexta-feira (30), ao alcançar 3.461,93 pontos — alta de 0,46%.
Com isso, o IFIX encerrou o mês de maio com valorização de 1,44%. Somente neste ano, o avanço é de 11,09%.
Em entrevista ao Money Times, o sócio e gestor de crédito da Cy Capital, Danny Gampel, avaliou que após um período de forte migração para títulos de renda fixa, o possível fim do ciclo de alta da Selic começa a favorecer a renda variável.
“Hoje há uma atratividade muito grande nos FIIs, e o principal motivo são os juros. Com as taxas futuras em queda, estamos vendo uma recuperação expressiva”, afirmou. Segundo ele, “sem dúvida, é um momento de oportunidade”.
Confira maiores altas e baixas no último pregão (30)
Entre as maiores altas do último pregão, o fundo Bluemacaw Logística (BLMG11) se destacou com valorização de 5,08%. O Autonomy Edifícios Corporativos (AIEC11) avançou 3,89%, enquanto o Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11) subiu 3,61%. Já o Hectare CE (HCTR11) teve alta de 3,37%, seguido pelo Tellus Rio Bravo Renda Logística (TRBL11), que registrou ganho de 2,98%.
Fundo | Variação (%) | Último Preço |
---|---|---|
Bluemacaw Logística (BLMG11) | +5,08% | R$ 38,25 |
Autonomy Edifícios Corporativos (AIEC11) | +3,89% | R$ 47,58 |
Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11) | +3,61% | R$ 133,00 |
Hectare CE (HCTR11) | +3,37% | R$ 24,87 |
Tellus Rio Bravo Renda Logística (TRBL11) | +2,98% | R$ 65,30 |
Entre as principais quedas, o fundo Urca Prime Renda (URPR11) recuou 1,76%. O Maua Capital Real Estate (MCRE11) caiu 0,90%, enquanto o XP Industrial (XPIN11) teve baixa de 0,83%. Já o RBR Logística (RBRL11) recuou 0,75%, seguido pelo Suno Energias Limpas (SNEL11), com queda de 0,69%.
Fundo | Variação (%) | Último Preço |
---|---|---|
Urca Prime Renda (URPR11) | -1,76% | R$ 48,70 |
Maua Capital Real Estate (MCRE11) | -0,90% | R$ 8,82 |
XP Industrial (XPIN11) | -0,83% | R$ 70,31 |
RBR Logística (RBRL11) | -0,75% | R$ 80,31 |
Suno Energias Limpas (SNEL11) | -0,69% | R$ 8,58 |