Fundo imobiliário reajusta aluguel de edifício em 26%; após bater máxima histórica, IFIX volta a cair

O fundo imobiliário RBR Top Offices (TOPP11) anunciou, em seu mais recente relatório gerencial, que concluiu, no mês de junho, mais uma revisão no aluguel do Edifício Metropolitan, localizado em São Paulo e responsável por 64% do portfólio do FII.
De acordo com a gestora, o preço médio do contrato foi elevado em 26%, reforçando a estratégia de gerar renda recorrente por meio da locação de ativos corporativos de alto padrão.
Na prática, esse novo reajuste poderá contribuir para o aumento dos rendimentos distribuídos aos cotistas, que atualmente estão na ordem de R$ 0,84 por cota.

No relatório, a equipe de gestão afirmou que segue empenhada em elevar o valor médio dos aluguéis — movimento que vem sendo executado de forma relevante.
Obras e vacância
Além disso, o fundo imobiliário divulgou que seguem em andamento as obras de fitout — que consistem na finalização e adequação dos ambientes internos — em alguns andares do Edifício Platinum, onde há cerca de 43% de vacância física.
Segundo a gestora, mesmo antes da conclusão das melhorias, já se observa maior interesse por parte de potenciais locatários, e há negociações em andamento.
Atualmente, o TOPP11 apresenta uma vacância física total de 8,60% sobre os seus 12.676 metros quadrados de ABL (área bruta locável).

Desempenho do IFIX
Após encerrar a semana passada em alta e renovar sua máxima histórica, o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) recuou na segunda-feira (7).
O principal indicador do mercado de FIIs caiu 0,11%, fechando o pregão aos 3.491,69 pontos. Apesar disso, no acumulado de julho, o índice sobe 0,23%, e, no ano, acumula alta de 12,05%.
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O recuo ocorreu em meio ao aumento da aversão ao risco não só no Brasil, mas nos mercados globais, após declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre novas tarifas.
Na segunda (7), o norte-americano deixou investidores em alerta ao ameaçar os países que se alinharem ao Brics com uma taxa adicional de 10%.
Além disso, em cartas enviadas a diversos governos — incluindo Japão, Coreia do Sul e Sérvia — Trump afirmou que pretende impor taxações entre 25% e 40% a partir de 1º de agosto.
Maiores altas e baixas do IFIX no último pregão
Em meio a esse movimento, entre os destaques positivos da sessão, o BRC Renda Corporativa (FATN11) liderou os ganhos, com valorização de 1,25%. Logo atrás, o Fator Verita Multiestratégia (VRTM11) subiu 1,14%.
O FII VBI Logístico (LVBI11) também teve desempenho positivo, avançando 1,03%. Na sequência, o Tellus Properties (TEPP11) registrou alta de 0,96%, enquanto o HSI Ativos Financeiros (HSAF11) teve valorização de 0,89%.
Fundo | Variação (%) | Último (R$) |
---|---|---|
BRC Renda Corporativa (FATN11) | +1,25% | 76,70 |
Fator Verita Multiestratégia (VRTM11) | +1,14% | 7,11 |
FII VBI Logístico (LVBI11) | +1,03% | 103,05 |
Tellus Properties (TEPP11) | +0,96% | 81,92 |
HSI Ativos Financeiros (HSAF11) | +0,89% | 79,78 |
Na ponta negativa, o Valora Renda Imobiliária (VGRI11) liderou as perdas, com recuo de 3,35%. O Paramis Hedge Fund (PMIS11) caiu 1,34%, seguido pelo Bluemacaw Logística (BLMG11), que recuou 1,27%.
O Hedge Top FOFII 3 (HFOF11), que havia figurado entre as altas em sessões anteriores, registrou queda de 1,17%. Já o JS Real Estate Multigestão (JSRE11) encerrou o pregão com baixa de 1,09%.
Fundo | Variação (%) | Último (R$) |
---|---|---|
Valora Renda Imobiliária (VGRI11) | -3,35% | 8,08 |
Paramis Hedge Fund (PMIS11) | -1,34% | 8,07 |
Bluemacaw Logística (BLMG11) | -1,27% | 38,80 |
Hedge Top FOFII 3 (HFOF11) | -1,17% | 5,93 |
JS Real Estate Multigestão (JSRE11) | -1,09% | 65,18 |