Fundo imobiliário vende imóvel por R$ 18,5 milhões; entenda o impacto para os cotistas

O fundo imobiliário Canuma Capital Multiestratégia (CCME11) anunciou a venda do imóvel “Aurora”, localizado na República, região central de São Paulo, por R$ 18,5 milhões.
Segundo comunicado, a operação faz parte da estratégia de gestão ativa do FII e foi concluída antes do prazo previsto, superando as expectativas financeiras.
A transação foi realizada com dois pagamentos, da seguinte maneira:
- O sinal, equivalente a 10% do valor, foi recebido em 14 de abril;
- O restante foi quitado nesta segunda-feira (19).
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O preço da venda ficou 12,4% acima do custo de aquisição do imóvel e 12,5% superior ao laudo de avaliação realizado em dezembro de 2024.
Durante o período em que esteve no portfólio do CCME11, o espaço gerou rendimentos totais de R$ 6,11 milhões para o fundo imobiliário.
O investimento entregou um retorno total de 35,8% e uma taxa interna de retorno (TIR) anualizada de 17,4%, equivalente a IPCA +12,1% ao ano ou CDI +4,9% ao ano — acima da previsão inicial de 16,6% a.a.
“A transação, realizada em um momento desafiador de mercado, possibilita o reinvestimento dos recursos em novas oportunidades de alocação que a gestão identifica no cenário atual”, afirmou o fundo em comunicado.
Apesar do lucro obtido, o CCME11 informou que não há expectativa de alteração na estimativa de rendimentos mensais, que segue em R$ 0,084 por cota para distribuição de dividendos neste semestre.
Imóvel ‘Aurora’
Reformado em 2019, o espaço Aurora está localizado a cerca de 300 metros da estação República do metrô e opera como hotel com 128 apartamentos, totalizando uma área bruta locável (ABL) de 2.684 m².

Em outubro de 2024, o CCME11 comunicou ao mercado que a antiga inquilina havia pedido a rescisão antecipada do contrato e desocupado o imóvel.
Apesar disso, a gestora destacou que não haveria impacto nas receitas recorrentes, já que havia uma garantia de aluguel mensal de R$ 200 mil até fevereiro de 2026 — equivalente a 36 meses a partir da data da compra, em fevereiro de 2023 — cobrindo riscos de inadimplência e vacância.
Em relatório gerencial mais recente, a administração do fundo já havia sinalizado que, entre as alternativas para o destino do Aurora, estavam a manutenção da operação como hotel, a conversão para uso residencial para locação ou a venda do imóvel.