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Fundo imobiliário TRXF11 anuncia compra de imóvel alugado ao Assaí; IFIX volta a subir

25 jun 2025, 8:03 - atualizado em 25 jun 2025, 8:17
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Fundo imobiliário TRXF11 compra novo imóvel; IFIX volta a subir (Imagem: Divulgação)

O fundo imobiliário TRX Real Estate (TRXF11) firmou compromisso para adquirir um novo imóvel localizado em Caldas Novas (GO), atualmente locado ao Assaí Atacadista, por R$ 47,1 milhões.

Segundo fato relevante divulgado na terça-feira (24), o espaço tem 13.986,92 m² de área bruta locável (ABL), está pronto e em operação, e é alugado à varejista por meio de um contrato atípico com prazo de 20 anos — o que garante previsibilidade de receita no longo prazo.

A aquisição será realizada em três parcelas. A primeira, de R$ 38,8 milhões, será paga com R$ 6,6 milhões em dinheiro e R$ 32,2 milhões via compensação com créditos decorrentes da 11ª emissão de cotas do fundo.

Já as duas partes restantes, de R$ 4,1 milhões cada, serão corrigidas pelo IPCA e quitadas entre dezembro de 2025 e janeiro de 2026, conforme o cumprimento de condições contratuais.

Segundo a gestora TRX, o ativo está alinhado à estratégia do FII de investir em imóveis bem localizados, com inquilinos de grande porte e contratos de longo prazo, com o objetivo de gerar renda recorrente e potencial ganho de capital para os cotistas.

Informações do imóvel (Imagem: divulgação/TRX)

IFIX volta a subir

Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) reverteu a sequência de quedas e voltou a subir. No pregão de terça-feira (24), o indicador avançou 0,13%, encerrando o dia aos 3.434,16 pontos.

Apesar da alta pontual, o principal índice de FIIs acumula recuo de 0,80% no mês de junho. No ano, no entanto, ainda sustenta valorização de +10,20%.

Os investidores reagiram de forma relativamente positiva à ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na manhã de ontem (24).

No comunicado, o Banco Central antecipou a interrupção do ciclo de aperto monetário. A partir de agora, a autoridade avaliará se a atual Selic – de 15% ao ano – é apropriada para assegurar a convergência da inflação à meta.

Os diretores do BC destacaram que o movimento de alta foi “particularmente rápido e bastante firme”, reforçando que os impactos da taxa mais contracionista estão por vir, dada a defasagem típica de suas transmissões.

Embora o ambiente de juros elevados seja, em geral, desfavorável aos fundos imobiliários — especialmente aos do segmento de tijolo — a sinalização do Copom já era amplamente esperada e, por isso, foi considerada positiva pelo mercado.

Em entrevista ao Money Times, o analista da TRX Investimentos, Leonardo Garcia, explicou que, com o patamar atual da Selic, FIIs indexados ao CDI se beneficiam, enquanto os alavancados ou com estratégias de expansão sofrem com o aumento do custo de capital.

Para ele, o principal fator de mudança na última reunião do Copom foi a surpresa dos investidores com a continuidade do ciclo de alta, mesmo que em ritmo mais brando, o que reforça os efeitos já esperados sobre os fundos imobiliários, agora com mais intensidade.

“O momento pede cautela na escolha dos ativos, priorizando FIIs com boa qualidade de contratos, gestão conservadora e baixa alavancagem”, avaliou.

As maiores altas e baixas do IFIX do último pregão

O destaque positivo da terça-feira (24) foi o BTG Pactual Agro Logística (BTAL11), que avançou 2,54%. Em seguida, apareceram o Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11), com alta de 1,99%, e o RBR Logística (RBRL11), que subiu 1,68%.

Também figuraram entre as maiores valorizações o SPX SYN Multiestratégia (SPXS11), com ganho de 1,54%, e o XP Malls (XPML11), que registrou alta de 1,31%.

Fundo Código Variação (%)
BTG Pactual Agro Logística BTAL11 +2,54%
Rio Bravo Renda Corporativa RCRB11 +1,99%
RBR Logística RBRL11 +1,68%
SPX SYN Multiestratégia SPXS11 +1,54%
XP Malls XPML11 +1,31%

Na outra ponta, o Capitania Shoppings (CPSH11) liderou as perdas, com recuo de 1,34%. O Rio Bravo FOF (RBFF11) caiu 1,31%, seguido pelo BB Progressivo II (TVRI11), que teve baixa de 1,30%.

Completam a lista de quedas mais expressivas o Kilima Volcano Recebíveis Imobiliários (KIVO11), com -1,14%, e o Santander Renda de Aluguéis (SARE11), que recuou 1,08%.

Fundo Código Variação (%)
Capitania Shoppings CPSH11 -1,34%
Rio Bravo FOF RBFF11 -1,31%
BB Progressivo II TVRI11 -1,30%
Kilima Volcano Recebíveis Imobiliários KIVO11 -1,14%
Santander Renda de Aluguéis SARE11 -1,08%

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Jornalista formado pela Universidade Nove de Julho, com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Com passagens pela redação da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural. Também foi líder de conteúdo no time do “Economista Sincero”. Atualmente é repórter no Money Times.
igor.grecco@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Nove de Julho, com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Com passagens pela redação da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural. Também foi líder de conteúdo no time do “Economista Sincero”. Atualmente é repórter no Money Times.