Fundo imobiliário vende imóvel locado à Caixa por R$ 5,5 milhões; veja detalhes da operação

O fundo imobiliário Rio Bravo Renda Varejo (RBVA11) anunciou, nesta sexta-feira (8), a venda de um imóvel em São Paulo, atualmente locado para a Caixa Econômica Federal, por R$ 5,5 milhões.
De acordo com fato relevante divulgado ao mercado, o pagamento será parcelado em cinco vezes, com R$ 1,5 milhão já recebido na data da assinatura da escritura, no dia 7 de agosto, e as demais parcelas mensais de R$ 1 milhão cada.
A transação foi realizada por um valor 14,2% acima do custo de aquisição do imóvel e 23,6% superior ao último laudo de avaliação, realizado em dezembro de 2024.
Além disso, a operação gerou uma taxa interna de retorno (TIR) de 11,87% ao ano — equivalente a IPCA +6,07% — além de um lucro líquido de R$ 572 mil, ou R$ 0,004 por cota.
Ainda segundo o fato relevante, esse valor será incorporado à parcela de ganhos extraordinários distribuída aos investidores, dentro do guidance de R$ 0,09 por cota mensal para este semestre.
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Reciclagem de portfólio
Nos últimos anos, o RBVA11 tem realizado uma reciclagem de portfólio, já tendo vendido 22 imóveis e movimentado R$ 225,5 milhões, com ganhos de capital acumulados em torno de R$ 70,5 milhões.
Além disso, a diferença entre os valores dos laudos de avaliação e os preços efetivamente obtidos nas vendas soma R$ 42,5 milhões.
“A Rio Bravo tem se mostrado eficiente na condução de vendas, mesmo em um cenário desafiador, com a Selic a 15%. Temos recebido propostas de compradores dispostos a pagar valores acima da avaliação”, afirma Alexandre Rodrigues, gestor da Rio Bravo Investimentos.
Menor exposição ao setor financeiro
Com o desinvestimento de mais um imóvel ocupado por uma operação bancária, o RBVA11 diminuiu ainda mais sua participação no segmento financeiro, que agora representa menos de 26% do portfólio total.
“Não estamos apenas vendendo imóveis, estamos mudando a essência do fundo. A cada venda, reduzimos a exposição aos grandes bancos e abrimos espaço para novas teses com maior retorno, mais liquidez e aderência ao mercado atual”, explica Rodrigues.