Internacional

Fundo soberano da Arábia Saudita mira empréstimo de até US$ 7 bilhões

03 dez 2020, 13:37 - atualizado em 03 dez 2020, 13:37
Dólar
O Fundo de Investimento Público (PIF, na sigla em inglês) entrou em contato com bancos internacionais para uma linha de crédito rotativa em dólares entre US$ 5 bilhões e US$ 7 bilhões (Imagem: REUTERS/Thomas White)

O fundo soberano da Arábia Saudita planeja levantar até US$ 7 bilhões em empréstimos para novos investimentos, de acordo com pessoas a par do assunto.

O Fundo de Investimento Público (PIF, na sigla em inglês) entrou em contato com bancos internacionais para uma linha de crédito rotativa em dólares entre US$ 5 bilhões e US$ 7 bilhões, disseram as pessoas, que não quiseram ser identificadas.

O PIF pretende concluir a captação de fundos no início do próximo ano e usar o dinheiro para investimentos em oportunidades, disseram.

O investidor soberano, com US$ 347 bilhões sob gestão, é chave para os projetos da Arábia Saudita, que tenta estimular o crescimento após o que pode ser a pior recessão enfrentada pelo maior exportador de petróleo do mundo desde 1987.

Depois de receber US$ 40 bilhões no início do ano para comprar ações globais, o PIF planeja investir o mesmo valor na economia doméstica no próximo ano e novamente em 2022.

O empréstimo seria a terceira vez que o PIF recorre a bancos internacionais para obter financiamento. Seu primeiro empréstimo captou US$ 11 bilhões em 2018, e o fundo quitou um empréstimo-ponte de US$ 10 bilhões em agosto, dois meses antes do previsto.

O tamanho final do empréstimo dependerá da resposta dos bancos, disseram as pessoas. O fundo não respondeu de imediato a um pedido de comentário.

Sob o comando de Yasir Al-Rumayyan, o fundo estabeleceu novas prioridades de investimento nos últimos cinco anos, tendo reduzido posições em estatais e aumentado participações na Uber Technologies e na Jio Platforms, empresa de serviços digitais controlada pelo bilionário indiano Mukesh Ambani.

O fundo também gastou bilhões de dólares com a compra de ações de empresas como Facebook, Citigroup e Walt Disney em março, no auge da onda vendedora provocada pela pandemia. Com a recuperação dos mercados, saiu dessas posições e apostou em fundos de índice focados em concessionárias de serviços públicos e matérias-primas.