Internacional

Fundo soberano de US$ 2 trilhões da Noruega exclui Caterpillar e cinco bancos israelenses por motivos éticos

26 ago 2025, 4:42 - atualizado em 26 ago 2025, 4:42
Máquinas Caterpillar destroem Palestina e bancos de Israel financiam ocupação, diz Noruega (Pixabay/tespeseth)

O fundo soberano de US$ 2 trilhões da Noruega, o maior do mundo, informou nesta segunda-feira (25) que se desfez do grupo norte-americano de equipamentos de construção Caterpillar e de cinco grupos bancários israelenses por motivos éticos.

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Os cinco bancos são Hapoalim, Bank Leumi, Mizrahi Tefahot Bank, First International Bank of Israel e FIBI Holdings, informou o fundo em um comunicado.

Os seis grupos foram excluídos “devido a um risco inaceitável de que as empresas contribuam para graves violações dos direitos dos indivíduos em situações de guerra e conflito”, disse o fundo, operado pelo Banco Central da Noruega.

Caterpillar, Hapoalim, First International Bank of Israel e Bank Leumi não responderam imediatamente a pedidos de comentários enviados por email.

A Mizrahi Tefahot e a FIBI Holdings não foram encontradas fora do horário comercial normal.

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Antes do desinvestimento, o fundo detinha uma participação de 1,17% na Caterpillar, avaliada em US$ 2,1 bilhões em 30 de junho, segundo seus registros.

As participações nos cinco bancos israelenses foram avaliadas em um total de US$ 661 milhões, também em 30 de junho, de acordo com dados do fundo.

Escavadeiras Caterpillar destroem Palestina

O órgão de fiscalização de ética do fundo, chamado Conselho de Ética, informou que “na avaliação do conselho, não há dúvida de que os produtos da Caterpillar estão sendo usados para cometer violações extensas e sistemáticas da lei humanitária internacional”.

As escavadeiras fabricadas pela Caterpillar “estavam sendo usadas pelas autoridades israelenses na destruição ilegal e generalizada de propriedades palestinas”, afirmou.

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As violações ocorreram tanto em Gaza quanto na Cisjordânia, disse o conselho, acrescentando que “a empresa também não implementou nenhuma medida para impedir tal uso”.

“Como as entregas do maquinário relevante para Israel estão agora prontas para serem retomadas, o Conselho considera que há um risco inaceitável de que a Caterpillar esteja contribuindo para graves violações dos direitos dos indivíduos em situações de guerra ou conflito”.

Órgão público criado pelo Ministério das Finanças, o conselho verifica se as empresas do portfólio do fundo atendem às diretrizes éticas definidas pelo Parlamento da Noruega. O fundo está investido em cerca de 8.400 empresas em todo o mundo.

O conselho faz recomendações à diretoria do Banco Central, que tem a palavra final. A diretoria concordou com a recomendação do conselho.

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O fundo norueguês anunciou em 18 de agosto que se desfaria de seis empresas como parte de uma revisão ética em andamento sobre a guerra em Gaza e os acontecimentos na Cisjordânia, mas se recusou na ocasião a nomear quaisquer grupos até que as participações fossem vendidas.

Bancos financiam assentamentos

Em relação aos bancos, o órgão de fiscalização de ética estava inicialmente examinando a prática dos bancos israelenses de subscrever os compromissos de construção de casas dos colonos israelenses na região.

Nesta segunda-feira, o conselho disse que todos os bancos excluídos tinham, “ao fornecer serviços financeiros que são um pré-requisito necessário para a atividade de construção em assentamentos israelenses na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental… contribuído para a manutenção dos assentamentos israelenses”.

Cerca de 700.000 colonos israelenses vivem entre 2,7 milhões de palestinos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

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Muitos assentamentos são adjacentes a áreas palestinas e algumas empresas israelenses atendem tanto israelenses quanto palestinos.

No ano passado, a principal corte das Nações Unidas considerou ilegais os assentamentos israelenses construídos no território tomado em 1967, decisão que Israel chamou de “fundamentalmente errada”, citando laços históricos e bíblicos com a terra.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
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