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Fundos imobiliários: Ainda dá para bater a rentabilidade da Selic?

15 dez 2021, 14:33 - atualizado em 15 dez 2021, 14:33
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Os fundos de tijolo, ou seja, de ativos físicos, como shoppings e escritórios, estão negociando em patamares atrativos, avaliou a XP (Imagem: Money Times/Márcio Juliboni)

A alta da Selic costuma fazer estragos em ativos de renda variável, como os fundos imobiliários, já que, com a elevação dos juros, os títulos públicos, que são mais seguros, ganham rentabilidade. 

Porém, segundo a XP Investimentos, os FIIs seguem atrativos. Pelos cálculos dos analistas Maria Fernanda Violatti e Ronaldo Candiev, ao se comparar o dividend yield (rendimento do dividendo) médio do Ifix, que está hoje em aproximadamente 11,15%, com juros reais de longo prazo (NTN-B com vencimentos longos, nesse caso NTNB 2035), o prêmio de risco ainda permanece em patamares saudáveis, em aproximadamente 6,01 pontos percentuais.

Tijolos ou papéis?

Para a Violatti e Candiev, os tijolos, ou seja, fundos de ativos físicos, como shoppings e escritórios, estão negociando em patamares atrativos – em sua maioria, com descontos significativos.

“Entendemos que investidores orientados ao longo prazo possam a vir se beneficiar de um eventual upside no médio prazo”, afirma a dupla, em relatório.

Porém, eles alertam para o fato de que, dadas as maiores incertezas em 2022, é necessário maior seleção ativa e cautelosa dos fundos.

No caso dos fundos de papéis, que funcionam como uma espécie de renda fixa, eles se beneficiam com a alta da Selic em cenário de inflação persistente. Esse tipo de FII é a mais indicada pela XP.

“Nossa preferência se mantém nos fundos de papel. Consideramos uma excelente opção de investimento para quem deseja se proteger ou até mesmo se beneficiar de um cenário com inflação e juros mais elevados, uma vez que a maioria dos CRIs e das LCIs é emitida com indexação à inflação ou CDI. Com isso, oferecem uma boa rentabilidade e diversificação”, argumentam.

Em 2022, os analistas sugerem focar em ativos em CDI+, por conta da alta de juros e com elementos de high grade, em função de sua melhor relação risco-retorno.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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