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Fundos imobiliários: BB Investimentos faz dança das cadeiras de olho em valor patrimonial; veja a seleção de março

05 mar 2024, 15:16 - atualizado em 05 mar 2024, 15:16
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BB Investimentos fez alterações em suas carteiras de fundos imobiliários deste mês de olho em mais rendimentos (Imagem: Reprodução Freepik)

Em meio ao clico de cortes da taxa básica de juros (Selic), que tem resultado em sucessivas máximas históricas do índice de fundos imobiliários (Ifix) e em sequência de ganhos mensais, o BB Investimentos promoveu mudanças em sua carteira recomendada para este mês.

Com isso, o banco retirou da carteira “Renda” o fundo Kinea Fundo de Fundos (KFOF11) e incluiu o Plural Recebíveis Imobiliários (PLCR11).

“Embora o KFOF11 tenha um portfólio de qualidade, já estava devidamente precificado no P/VP [preço/valor patrimonial] de mercado e apresentava um dividend yield [retorno com dividendos] em torno de 9%, abaixo da média do segmento de fundos de fundos“, comentam os analistas André Oliveira e Victor Penna sobre a retirada do FII.

A aposta no PLCR11 deve-se, segundo eles, à estratégia de alocação em crédito privado que resulta em excelente relação risco retorno, bom nível de dividendo e pode aumentar a atratividade em função das novas normas do Conselho Monetário Nacional (CMN) a respeito das emissões de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI).

BB desiste de fundo de shopping

Além disso, o BB promoveu uma dança das cadeiras na carteira “Ganho de capital”, substituindo o Hedge Brasil Shoppings (HGBS11) pelo CSHG Fundo de Fundos (HGFF11).

Oliveira e Pena observam que o fundo imobiliário de shoppings é um dos principais do segmento, além de ter um bom portfólio e DY na casa dos 9% ao ano. “No entanto, o HGBS11 já muito próximo do seu valor patrimonial para seguir na carteira com foco em ganho de capital”, dizem.

Contudo, eles acrescentam que a entrada do HGFF11 na carteira é devida a sua diversificação entre fundos de papel e de tijolo, tendo um dividend yield de 9,4% ao ano, enquanto as cotas estão negociadas com desconto perto de 10%.

Diferentemente de outras casas de investimentos, o BB divulga duas carteiras de fundos imobiliários mensais, mas cada uma com objetivo diferente.

Em fevereiro, a carteira “Renda” apresentou DY ponderado de cerca de 11,1%, anualizados, acima dos 10,1% da carteira teórica do Ifix. Já o DY da carteira “Ganho de capital” ficou em 10,8%, acima da carteira teórica do índice de FIIs.

Quanto ao desempenho das carteiras, a de renda fechou o mês passado com ganhos de 0,32%, contra +0,79% do Ifix. Por sua vez, a de ganho de capital exibiu ganhos de 0,51%.

Carteira renda

Carteira FII Renda
Fundo Ticker Segmento Peso Retorno do dividendo (12m)
XP Selection XPSF11 Fundo de fundos 12,5% 10,7%
REC Recebíveis Imobiliários RECR11 Recebíveis 12,5% 12,2%
Plural Recebíveis PLCR11 Recebíveis 12,5% 12,6%
Valora CRI VGIP11 Recebíveis 12,5% 11,4%
Kilima Fundo de Fundos KISU11 Fundo de fundos 12,5% 10,5%
Riza Terrax RZTR11 Agro 12,5% 12,1%
TG Ativo Real TGAR11 Residencial 12,5% 13,2%
XP Crédito Imobiliário XPCI11 Recebíveis 12,5% 12,3%

Carteira ganho de capital

Carteira FII Ganho de Capital
Fundo Ticker Segmento Peso Retorno do dividendo (12m)
Brasil Plural Fundo de Fundos BPFF11 Fundo de Fundos 12,5% 10,3%
Riza Arctium RZAT11 Logística 12,5% 13,1%
CSHG Fundo de Fundos HGFF11 Fundo de Fundos 12,5% 9,3%
Banestes Recebpiveis BCRI11 Recebíveis 12,5% 12,2%
RBR Alpha RBRF11 Fundo de Fundos 12,5% 8,7%
RBR Log RBRL11 Logística 12,5% 9,6%
Mérito Desenvolvimento MFII11 Residencial 12,5% 12,5%
Vinci Shopping Centers VISC11 Shoppings 12,5% 8,3%

 

Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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