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Fundos Imobiliários: conheça os mais rentáveis entre 16 opções

08 nov 2019, 15:38 - atualizado em 08 nov 2019, 20:01
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Shopping Iguatemi: um dos imóveis do portfólio da Rio Bravo Renda Varejo, que apresenta uma das melhores rentabilidade entre os fundos imobiliários (Imagem: Divulgação/Shopping Iguatemi)

À medida que a taxa básica de juros (Selic) recua para o menor nível da história (5,0% ao ano), e o mercado já projeta novos cortes, conseguir bons ganhos com investimentos em renda fixa torna-se mais difícil.

Uma opção são os fundos imobiliários, que extraem sua rentabilidade da locação de imóveis residenciais, comerciais e galpões industriais, entre outros. Em outubro, por exemplo, o Ifix, índice que representa a variação dos fundos, registrou alta de 4,01%.

Como comparação, o Ibovespa, principal indicador da bolsa brasileira, subiu 2,36%; o CDI rendeu apenas 0,48%; e o IMA-B, que acompanha os títulos atrelados à inflação, 3,36%

O desempenho dos fundos imobiliários se mantém elevado, quando se considera o acumulado do ano. Com valorização de 19,28%, o Ifix apresenta a terceira maior rentabilidade, atrás apenas do IMA-B, com 23,9%; do Ibovespa, com 23,77%; e muito à frente dos 5,20% do CDI.

Cenário favorável

Segundo relatório do Banco Safra, os fundos imobiliários são impulsionados por uma série de fatores neste ano. O primeiro é a própria melhoria geral da economia, o que levou a instituição a elevar a projeção de crescimento do PIB de 0,8% para 0,9% em 2019, e de 2,2% para 2,3% no ano que vem.

O segundo motivo é a expectativa de novos cortes na taxa básica de juros. Embora assinale que o próprio Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central tenha adotado um tom mais cauteloso na última ata, o Safra projeta mais três reduções na Selic até o fim do ciclo de afrouxamento monetário – um de 0,5 ponto em dezembro, e mais dois de 0,25 ponto. Com isso, a instituição projeta uma Selic de 4% ao ano no início de 2020.

(Imagem: Divulgação/Santander)
Agência do Santander: fundo que administra imóveis do banco apresenta o maior dividend yield entre os analisados pelo Safra (Imagem:Divulgação/Santander)

Em relação aos fatores que envolve especificamente o mercado imobiliário, o Safra destaca a queda de 0,7 ponto percentual na taxa de vacância (quantidade de imóveis desocupados) de escritórios na cidade de São Paulo, chegando a 20,7%.

O preço médio do aluguel pedido subiu 2,1% para R$ 90,41 por metro quadrado. No Rio de Janeiro, outro grande mercado imobiliário do país, a taxa de vacância recuou 3,52 pontos percentuais sobre o trimestre anterior, mas os aluguéis pedidos recuaram 2,3%, para R$ 95,48 por metro quadrado.

Veja, abaixo, os fundos imobiliários mais rentáveis, pelo critério de dividend yield, entre 16 opções analisadas pelo Safra.

 

Fundo Código Dividend Yield Ágio ou deságio (sobre patrimônio) Valor patrimonial (R$ bi) Taxa de vacância
Kinea Renda Imobiliária KNRI11 5,21% 13,10% 4,02 2,80%
JS Real Estate JSRE11 6,20% -0,60% 0,891 0%
Alizanza Trust ALZR11 4,94% 19,70% 0,324 0%
BB Progressivo II BBPO11 8,27% 49,60% 2,44 0%
Santander Agências SAAG11 8,46% 46,10% 0,742 0%
Rio Bravo Renda Varejo RBVA11 7,67% 28,40% 0,805 0%
XP Malls XPML11 5,97% 11,30% 1,7 2,50%
Hedge Brasil Shopping HGBS11 6,08% 27,30% 1,8 4,90%
Malls Brasil Shopping MALL11 5,04% -4,10% 0,277 0%
CSHG Logística HGLG11 5,77% 26,70% 1,9 6,80%
GGRC Covepi Renda GGRC11 5,56% 24,40% 0,953 0%
XP Logística XPLG11 6,77% 15,20% 0,765 0%
SDI Logística SDIL11 5,70% 29,40% 0,572 3,50%
BC Fund BRCR11 6,49% -26,60% 1,77 15,30%
CSHG Real Estate HGRE11 5,46% 6,70% 1,2 18,70%
Tower Bridge Office TBOF11 3,88% 2,90% 0,905 14%

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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