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Fundos imobiliários exigem paciência e foco no longo prazo, dizem gestores

26 jul 2025, 15:31 - atualizado em 26 jul 2025, 15:31
FIIs fundos imobiliários (Imagem CanvaGetty Images)
Fundos imobiliários exigem paciência e foco no longo prazo, dizem gestores (Imagem: Canva/ Getty Images)

O crescimento da indústria de fundos imobiliários no Brasil tem sido expressivo, mesmo diante de um cenário econômico desafiador nos últimos anos.

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Segundo Marx Gonçalves, head da XP Research, cerca de 90% dos atuais 2,8 milhões de investidores de FIIs ingressaram no mercado após 2019 — enfrentando uma sequência de eventos turbulentos, como pandemia, ciclos de alta da Selic e inflação elevada.

“Foi uma janela dura para quem começou a investir”, afirmou durante painel sobre o tema na Expert XP.

Nos FIIs, a resiliência compensa

Flávio Cagno, gestor da Kinea Investimentos, que também participou da discussão, destacou que, apesar de toda essa volatilidade, os investidores que conseguiram manter suas posições ao longo dos últimos anos foram recompensados.

“Todos que tiveram paciência e carregaram suas cotas por um tempo longo superaram o CDI com folga e recuperaram o valor patrimonial. FIIs são para o longo prazo”, disse.

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Ele também ressaltou a importância de manter parte do dinheiro em caixa. “Sempre há arrependimento, a pessoa que alocou demais e viu a cota cair, ou aquela que investiu pouco e perdeu a alta. Ter caixa permite aproveitar os momentos de estresse.”

Fundo imobiliário é a cara do brasileiro

Pedro Carraz, da XP Asset, destacou que o avanço da indústria de fundos imobiliários no Brasil se deu por características que os tornam uma alternativa mais eficiente que o investimento direto em ativos físicos.

“Há 10 anos, o mercado de FIIs tinha cerca de 100 mil investidores. Hoje, são quase 3 milhões. Isso acontece porque o brasileiro é rentista por natureza e também ama terra, é cultural”, afirmou.

Para ele, investir diretamente em imóveis não é necessariamente ruim, mas envolve limitações como menor diversificação, ausência de administração e ineficiências tributárias.

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“Quando você compra a cota de um fundo, está delegando a gestão a um profissional, com vantagens tributárias e uma carteira pulverizada. São inúmeros benefícios”, comparou.

Diversificação é essencial

Alessandro Vedrossi, da Valora Investimentos, que também participou do painel, reforçou a importância da diversificação, principalmente entre as classes.

“Gosto muito de separar o que é FII de tijolo e o que é de papel, especialmente agora com a Selic alta”, afirmou.

Ele explicou que os fundos de recebíveis — principalmente os indexados ao CDI — têm pagado dividendos maiores justamente devido aos juros altos, além de apresentarem menor volatilidade. “São instrumentos mais voltados à proteção.”

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Já os de tijolo, segundo Vedrossi, têm mais oscilação, mas, ao mesmo tempo, oferecem maior potencial de valorização no longo prazo.

“O Brasil é um eletrocardiograma. Os FIIs de tijolo são mais voláteis, mas há muita oportunidade. Quando a economia cresce, tem mais gente consumindo, o humor do mercado melhora, e aquele fundo de shopping pode subir mais que o de papel”, explicou.

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Jornalista formado pela Universidade Nove de Julho, com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Com passagens pela redação da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural. Também foi líder de conteúdo no time do “Economista Sincero”. Atualmente é repórter no Money Times.
igor.grecco@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Nove de Julho, com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Com passagens pela redação da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural. Também foi líder de conteúdo no time do “Economista Sincero”. Atualmente é repórter no Money Times.

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