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Fundos imobiliários versus Tesouro Direto: quem vence a disputa com a Selic de volta a dois dígitos?

07 fev 2022, 20:47 - atualizado em 31 mar 2022, 22:31
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Entre 2013 e 2015, por exemplo, a taxa Selic saiu de 7,25% ao ano para 14,25%, em um ciclo econômico recessivo. Ainda assim, o rendimento do IFIX teve variações superiores a NTN-B (Imagem: Unsplash/ Frank Busch)

Com o retorno da taxa básica de juros, a Selic, ao patamar de dois dígitos, os investimentos em renda fixa ficam cada vez mais atrativos. Ao mesmo tempo, dúvidas sobre a rentabilidade de ativos em renda variável, como os Fundos Imobiliários (FIIs), voltam a ganhar força. Afinal, ainda é hora de investir em FIIs?

Para responder essa questão, a Ágora Investimentos realizou uma análise comparando o rendimento dos dividendos, dividend yield (DY), do IFIX (Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários) frente aos títulos do Tesouro Direto, especificamente a NTN-B 2035, no período de janeiro de 2012 a janeiro de 2022.

O rendimento do IFIX superou o da NTN-B 2035 em todo intervalo analisado (Imagem: Ágora Investimentos e Economatica)

Na análise da corretora, o rendimento do IFIX superou o da NTN-B 2035 em todo intervalo analisado e os FIIs seguem sendo uma opção viável de investimento. Entenda

Entre 2013 e 2015, por exemplo, a taxa Selic saiu de 7,25% ao ano para 14,25%, em um ciclo econômico recessivo. Ainda assim, o rendimento do IFIX teve variações superiores a NTN-B. “Ignorando os picos e pisos e olhando para a mediana durante o ciclo de elevação dos juros, o prêmio do período foi de 2,05 pontos porcentuais”, destaca a Ágora.

Depois desse período, a Selic atingiu a mínima histórica de 2% ao ano. Ao longo desses 5 anos, o prêmio do DY do IFIX, em sua mediana, permaneceu atrativo em 2,51 p.p.

Hoje, apesar do ciclo de elevação de juros, que começou em meados de abril de 2021, a mediana dos rendimentos do IFIX é de 3,35 pontos percentuais, com picos que superam quatro pontos.

Portanto, ao comparar os rendimentos do IFIX frente a NTN-B 2035, a Ágora conclui que o momento segue “oportuno” para os fundos imobiliários.

Repórter
Jornalista formado pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), com extensão em jornalismo econômico pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Colaborou com Estadão, Band TV, Agência Mural, entre outros.
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Jornalista formado pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), com extensão em jornalismo econômico pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Colaborou com Estadão, Band TV, Agência Mural, entre outros.
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