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Fusão aproxima B2W e Lojas Americanas do “diferencial” do Magazine Luiza

29 abr 2021, 16:50 - atualizado em 30 abr 2021, 16:30
B2W
A combinação de negócios entre Lojas Americanas e B2W não só vai criar ganhos operacionais, como também aproximará a Americanas (novo nome para a B2W após a fusão) do grande diferencial do Magazine Luiza: a multicanalidade (Imagem: Divulgaçã/B2W Digital)

A aprovação da combinação de negócios entre Lojas Americanas (LAME3;LAME4) e sua controlada B2W (BTOW3) pelos conselhos de administração das duas empresas enfim aconteceu. Segundo a Guide Investimentos, a incorporação não só vai criar ganhos operacionais, como também aproximará a Americanas (novo nome para a B2W após a fusão) do grande diferencial do Magazine Luiza (MGLU3): a multicanalidade.

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“A reestruturação do grupo é aguardada há algum tempo em função dos ganhos operacionais, principalmente em termos de unificação da estratégia e da tomada de decisão, e além dos ganhos com a multicanalidade, grande diferencial da concorrente Magazine Luiza”, afirmou o analista Luis Sales, em relatório divulgado nesta quinta-feira.

Pela proposta, o acionista da Lojas Americanas, titular de uma ação ordinária ou de uma ação preferencial, recebe 0,18 ação ordinária da B2W. Com isso, a B2W vai emitir 339.355.391 ações ordinárias para os acionistas da Lojas Americanas.

O acervo a ser cindido pelas Lojas Americanas para a B2W corresponde a 100% dos ativos físicos e 57% da fintech Ame Digital, representando um valor de R$ 6,27 bilhões.

A Lojas Americanas seguirá existindo por meio do controle da B2W. As ações de ambas as empresas também continuarão listadas na B3 (B3SA3).

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Na opinião da Genial Investimentos, a combinação de negócios é “extremamente positiva”, pois deve trazer ganhos de serviço tanto para os vendedores quanto aos consumidores. A união também acabará com atritos que possam surgir em processos de M&As (fusões e aquisições).

Em documento divulgado ao mercado, a Lojas Americanas e a B2W afirmaram que querem fazer da companhia combinada “um motor de fusões e aquisições ainda mais poderoso para avaliar, negociar e integrar novas aquisições”.

O Safra chamou atenção para riscos de perda de visibilidade na performance de diversas linhas de negócio (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

Atenção aos riscos

O Safra teve uma leitura neutra sobre a proposta de fusão de Lojas Americanas e B2W. A incorporação tem, por um lado, potencial de criação de valor, uma vez que gerará sinergias e eliminará ineficiências. No entanto, a instituição chamou atenção para riscos de perda de visibilidade na performance de diversas linhas de negócio.

Além disso, existe um gap no valuation de Lojas Americanas e B2W em relação aos pares que, para ser fechado, dependerá da performance do Universo Americanas, principalmente em termos de ganhos e crescimento do GMV (volume bruto de mercadorias).

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Por ora, o Safra recomendou que os investidores mantenham as ações da Lojas Americanas – tanto as ordinárias (se a liquidez não for um problema) quanto as preferenciais (para quem precisa de posições de maior liquidez). Ainda assim, o banco sugere ficar de olho em qualquer potencial volatilidade dos preços dos papéis.

A instituição manteve recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) para Lojas Americanas e B2W, com preços-alvo de, respectivamente, R$ 34 e R$ 100.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.