BusinessTimes

Fusão com Fibria gera valor, mas há outras alternativas, diz presidente da Suzano

03 ago 2017, 19:10 - atualizado em 05 nov 2017, 13:59

O presidente da Suzano Papel e Celulose, Walter Schalka, disse nesta quinta-feira, 3, que diversas opções seguem sendo analisadas pela empresa, seja por meio de fusão e aquisição, novos projetos ou aumento da distribuição de dividendos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Temos várias oportunidades de evolução. Dividendo é uma válvula de escape se não tiver novos projetos”, disse o executivo, em teleconferência com analistas e investidores. “Uma fusão com a Fibria gera valor e é uma alternativa que pode ser pensada para o futuro, mas não a única. Não podemos colocar todas as fichas em uma opção que não depende apenas da Suzano. O crescimento inorgânico por M&A (sigla em inglês para fusão e aquisição) é alternativa que olhamos com oportunidade”, comentou.

O presidente da Suzano falou ainda que novos projetos em celulose, papel e bens de consumo são constantemente estudados. A companhia reportou geração de caixa operacional de R$ 910 milhões no segundo trimestre de 2017, um crescimento de 25,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado do primeiro semestre, a geração de caixa operacional soma R$ 1,532 bilhão, uma queda de 5,8% ante igual intervalo de 2016.

O item considera o Ebitda ajustado, de R$ 1,157 bilhão no segundo trimestre de 2017, menos o capex de manutenção, de R$ 246,388 milhões. O Retorno sobre o Capital Investido (Roic, na sigla em inglês) consolidado foi de 11,3%, uma redução de 4,8 ponto porcentual em relação aos últimos doze meses do segundo trimestre de 2016, explicada pela menor rentabilidade do segmento de celulose.

Eldorado

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O presidente da Suzano Papel e Celulose voltou a falar sobre a venda da Eldorado Brasil Celulose, do grupo J&F Investimentos. “Eldorado é um ativo bom que faz sentido ser consolidado na indústria, mas não vamos participar de leilão ou sobrepagar”, disse, na teleconferência. Schalka lembrou que a holding controladora da Eldorado já tem um contrato de exclusividade firmado com a chilena Arauco, e há outro concorrente que demonstrou interesse em fazer oferta, a Fibria. “Há competidor com exclusividade e outro querendo se movimentar. Não somos natural buyer (comprador natural)”, falou.

Custo caixa

O custo caixa da produção de celulose da Suzano será maior no segundo semestre deste ano com paradas para manutenção nas fábricas de Imperatriz (MA) e Mucuri (BA), revelou Walter Schalka. “Terá segundo semestre maior com paradas tanto em Imperatriz como Mucuri, porque reduz o volume e o denominador do custo fixo fica maior. Também teremos raios médios maiores, com maior participação de terceiros”, explicou o executivo.

O custo caixa consolidado da produção de celulose de mercado da Suzano foi de R$ 568 a tonelada no segundo trimestre de 2017, uma queda de 10,7% ante o mesmo período do ano passado. No acumulado do ano até junho, o custo caixa de produção de celulose foi de R$ 576/t, recuo de 10,7% ante 2016.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

(Por Marcelle Gutierrez)

Compartilhar

agencia.estado@moneytimes.com.br