Futuros da soja avançam, mas perspectivas para safra dos EUA limitam ganhos

Os futuros da soja na bolsa de Chicago atingiram nesta quinta-feira (17) o nível mais alto em mais de uma semana, com compras técnicas ajudando o mercado a se recuperar da mínima de três meses registrada na segunda-feira, segundo analistas.
Os futuros do milho caíram após subirem nas três sessões anteriores em uma recuperação das mínimas do contrato estabelecidas na segunda-feira.
Ambos os mercados continuaram a enfrentar a pressão das expectativas de grandes colheitas de outono nos EUA e do clima mais favorável nas lavouras do maior país produtor de milho do mundo e do segundo maior produtor de soja.
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“Estamos caminhando para uma safra, e o clima não parece ameaçador”, disse Don Roose, presidente da corretora U.S. Commodities.
As altas contratuais do óleo de soja da CBOT ajudaram a impulsionar os futuros da soja, disseram traders.
O contrato de soja mais ativo terminou em alta de 6 centavos, a US$10,26 por bushel, uma máxima desde 7 de julho. O mercado ampliou os ganhos depois de já ter subido na quarta-feira, com esperanças de aumento da demanda por suprimentos dos EUA por parte da Indonésia e da China, principal mercado importador.
O milho na Bolsa de Chicago terminou em queda de 3 centavos, a US$4,21 por bushel. O contrato de dezembro, que representa a safra que os agricultores colherão neste outono, alcançou uma mínima de US$4,07 na segunda-feira.
“Embora a fraqueza dos preços tenha atraído demanda oportunista, a previsão climática favorável pode fazer com que essas mínimas sejam testadas novamente nas próximas semanas”, disseram os analistas do Rabobank.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, gerou preocupações sobre a demanda por milho ao dizer na quarta-feira que a Coca-Cola concordou em usar açúcar de cana em suas bebidas nos EUA. A Coca-Cola produzida para o mercado dos EUA é normalmente adoçada com xarope de milho.
Cerca de 400 milhões de bushels de milho são usados anualmente para produzir xarope de milho para bebidas e outros produtos alimentícios, o que representa cerca de 2,5% da produção de milho dos EUA, de acordo com dados do governo norte-americano.
Já os futuros mais ativos do trigo fecharam em queda de 7 centavos, a US$5,33 por bushel.