Internacional

G-20 está perto de consenso para aumentar reservas do FMI

26 fev 2021, 15:02 - atualizado em 26 fev 2021, 15:02
FMI
A proposta ganhou força com o sinal de apoio da secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen (Imagem: REUTERS/Yuri Gripas)

O G-20 está perto de um acordo sobre o aumento das reservas do Fundo Monetário Internacional para ajudar países pobres afetados pela pandemia, segundo autoridades a par das discussões.

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As negociações se concentraram em uma proposta de alocação de US$ 500 bilhões dos direitos especiais de saque (SDRs, na sigla em inglês) do FMI, mas a decisão final provavelmente será tomada antes das reuniões de primavera do Fundo em abril, disseram as autoridades, que não quiseram ser identificadas.

A reunião virtual de sexta-feira dos ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais foi organizada pela Itália.

A proposta ganhou força com o sinal de apoio da secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, revertendo a oposição no ano passado sob o presidente Donald Trump.

Seu antecessor, Steven Mnuchin, bloqueou a medida em 2020, dizendo que, como as reservas são alocadas para todos os 190 membros do FMI na proporção das cotas, cerca de 70% iria para o G-20, com apenas 3% para países em desenvolvimento mais pobres.

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Yellen endossou na quinta-feira maior suporte a países em desenvolvimento, dizendo que “sem mais ações internacionais para apoiar países de baixa renda, corremos o risco de uma divergência perigosa e permanente na economia global”.

O FMI e o Banco Mundial “devem continuar a desempenhar um papel no financiamento da resposta global de saúde”, disse.

Embora a expansão nos recursos do FMI possa ajudar países de baixa renda na luta contra o coronavírus, o G-20 e outros precisam trabalhar para “maior transparência e responsabilidade” no uso do poder de fogo do Fundo.

Mais de 200 grupos, como a organização Jubilee USA Network, pediram que o G-20 apoie a criação de US$ 3 trilhões em SDRs. Segundo esses grupos, os fundos são necessários para fornecer alívio da dívida nos países em desenvolvimento e ajudar a liberar recursos para saúde e gastos sociais. Alguns democratas no Congresso prometeram apoio a uma medida de porte semelhante.

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Há uma razão prática para focar no pacote menor. É improvável que Yellen precise da aprovação do Congresso para votar a favor do aumento se a proposta permanecer em cerca de US$ 500 bilhões. No entanto, os republicanos já expressaram oposição, porque a emissão enviaria bilhões de dólares ao Irã, Rússia e China, países que os EUA consideram violadores dos direitos humanos. Os EUA são o maior acionista do FMI.

No início semana, a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, pediu uma ação enérgica para evitar um cenário em que alguns mercados emergentes se recuperem mais rapidamente, mas a maioria dos países em desenvolvimento permaneça em crise nos próximos anos. O FMI emitiu SDRs durante a crise financeira global de 2009, e repetir a medida pode ser novamente útil agora, disse Georgieva em um blog.

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