Combustíveis

Gasolina cai apenas 0,78% para o consumidor em junho, mesmo após reajuste de 5,6% da Petrobras (PETR4)

05 jul 2025, 11:00 - atualizado em 04 jul 2025, 11:41
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O preço médio da gasolina no Brasil ainda não acompanhou o reajuste de 5,6% implementado pela Petrobras (PETR4) no mês de junho. (Foto: iStock - Joa_Souza)

O preço médio da gasolina no Brasil ainda não acompanhou o reajuste de 5,6% implementado pela Petrobras (PETR4). Em junho, a média nacional de preço do combustível caiu apenas 0,78%, a R$ 6,38.

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“Isso mostra que o repasse ao consumidor foi bem mais contido, possivelmente por conta da concorrência entre os postos e da dinâmica regional de distribuição”, afirmou Renato Mascarenhas, Diretor de Operações e Transformação de Negócios da Edenred Mobilidade.

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Os valores foram identificados pelo Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), levantamento que consolida o comportamento de preços das transações nos postos do país e estabelece o preço médio de comercialização.

Diferente da gasolina, o etanol registrou queda mais significativa no mesmo período, de 1,35%, chegando ao preço médio de R$ 4,39. Segundo Mascarenhas, o movimento de queda tem favorecido seu uso em algumas regiões do país.

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Análise regional

Na análise por regiões, os menores preços médios dos dois combustíveis foram os do Sudeste: R$ 4,26 para o etanol e R$ 6,22 para a gasolina. Já as médias mais altas foram, novamente, as observadas na região Norte: R$ 5,21 para o etanol e R$ 6,85 para a gasolina.

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Apenas a região Nordeste não registrou queda nos preços médios dos dois combustíveis em junho: o etanol na região aumentou 0,40%, custando, em média, R$ 5,01; já a gasolina manteve o mesmo preço de maio, de R$ 6,50. A maior queda para o etanol foi no Sudeste, de 1,62%, e da gasolina, no Sul, de 1,25%.

Na análise por estados, o etanol apresentou sua maior alta do período no estado de Rondônia, onde passou a custar R$ 5,22, após alta de 2,15%.

O estado com o etanol mais em conta para o motorista no período foi São Paulo, onde o preço médio registrado foi de R$ 4,12, após queda de 1,90%.

O Amapá apresentou a maior queda para o biocombustível em junho, de 5,16%, recuando ao preço médio de R$ 5,51. Mesmo assim, o estado teve o etanol mais caro do país no período.

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A Bahia foi o estado a registrar o maior aumento para a gasolina no período: de 1,26%, chegando ao preço médio de R$ 6,45.

A maior queda da gasolina, de 1,61%, ocorreu no Distrito Federal, que registrou média de R$ 6,71. São Paulo teve a gasolina mais em conta: R$ 6,16, após recuo de 1,12% observado na comparação com maio. Mesmo registrando queda de 1,05%, o Acre seguiu como estado com a gasolina mais cara do Brasil em junho, com preço médio de R$ 7,52.

“A gasolina se mostrou a opção mais vantajosa economicamente na maior parte dos estados do Brasil em junho, principalmente para quem abastece nas regiões Nordeste, Sul e Norte”, disse Mascarenhas.

Vale ressaltar que o consumidor pode analisar, caso a caso, qual combustível é a opção mais econômica para abastecer. Para comparar a competitividade, basta dividir o preço do etanol pelo da gasolina. Se o resultado for superior a 0,70 (ou 70%), o etanol tende a ser menos vantajoso.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.