Consumo

Gasolina: Mesmo com reajuste, combustível ainda está 10% abaixo do preço de paridade

10 mar 2022, 17:12 - atualizado em 10 mar 2022, 17:12
Gasolina
Para Azjental, gasolina está 10% abaixo do valor de paridade com o petróleo (Imagem: Money Times/ Gustavo Kahil)

Hoje cedo, Petrobras (PETR4) anunciou mais um reajuste da gasolina. Desta vez, o aumento será de 18,8% e entrará em vigor amanhã (11). A alta foi puxada pela disparada dos preços do petróleo Brent, que saltou dos US$ 90 para entorno de US$ 116, desde de quando começou a guerra entre Rússia e Ucrânia.

Para Alberto Azjental, professor e economista da FGV (Fundação Getúlio Vargas), mesmo após o reajuste de hoje, a gasolina ainda está abaixo do preço de paridade que deveria ser praticado em relação ao valor do barril do petróleo Brent desta quinta-feira (10).

“Na manhã desta quinta, o preço do petróleo Brent estava a US$ 116, com o dólar cotado a R$ 5,06. Sendo assim, o barril do petróleo Brent na moeda brasileira estava a R$ 587″, explica.

Desse modo, o analista comenta que o diesel já alcançou o valor de paridade após o reajuste anunciado pela estatal. Já a gasolina “ainda está 10% abaixo do preço médio”.

No entanto, o professor da FGV ressalta que esses valores são referentes exclusivamente aos patamares de hoje, e que o mercado de petróleo está muito volátil nos últimos dias.

Abicon diz que gasolina ainda está 8% defasada

Mais cedo, a Abicom afirmou que após os aumentos, a defasagem em relação ao mercado internacional preço da gasolina no preço da gasolina cai de 20% para 8%, e do diesel, de 24% para 9%.

Com isso, as perspectivas de um possível desabastecimento de diesel e GLP no país, como vinha sendo especulado, perdem força, mas o cenário ainda não favorece as importações, afirma a Abicom.

Já as grandes importadoras devem continuar importando os combustíveis para atender o mercado brasileiro.

A Petrobras é responsável por 80% do abastecimento de diesel no país, enquanto 20% fica com as outras empresas.

Repórter
Formado em jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em Julho de 2021. Bruno trabalhou no Money Times, como estagiário, entre janeiro de 2019 e abril de 2021. Depois passou a atuar como repórter I. Tem experiência com notícias sobre ações, investimentos, empresas, empreendedorismo, franquias e startups.
Linkedin
Formado em jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em Julho de 2021. Bruno trabalhou no Money Times, como estagiário, entre janeiro de 2019 e abril de 2021. Depois passou a atuar como repórter I. Tem experiência com notícias sobre ações, investimentos, empresas, empreendedorismo, franquias e startups.
Linkedin