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Gasolina voltará a ficar cara? Petrobras (PETR4) está de olho na alta do petróleo

01 ago 2023, 8:05 - atualizado em 31 jul 2023, 20:11
Petrobras
Petrobras monitora desdobramentos do mercado global de petróleo (Imagem: REUTERS/Diego Vara)

A Petrobras (PETR3;PETR4) está olhando com atenção para os desdobramentos dos fundamentos do mercado global, incluindo a volatilidade e elevação nos preços do petróleo e os impactos no Brasil, disse a empresa estatal nesta segunda-feira (31).

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A companhia reforçou em comunicado que os ajustes de preços de produtos ligados à commodity são realizados “no curso normal de seus negócios”, com monitoramento contínuo dos mercados, o que inclui análise de preços competitivos por polo de venda, em equilíbrio com os mercados nacional e internacional.

A petroleira destacou que o momento é de “grande incerteza” quanto à recuperação da economia global, gerando volatilidade na demanda por energia e na oferta de petróleo e de combustíveis, de uma maneira geral.

“Essa combinação, no curtíssimo prazo, levou a uma elevação dos preços de referência e da volatilidade. Ao mesmo tempo, observa-se um aumento do fluxo de combustíveis oriundos da Rússia para o Brasil”, levantou a companhia.

A Petrobras afirmou que eventuais reajustes, quando necessários, serão realizados suportados por análises técnicas e independentes. A empresa reforçou ainda que os reajustes nos preços continuam sendo feitos sem periodicidade definida, “evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”.

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Nova máxima em três meses

Nesta segunda, os preços do petróleo atingiram uma nova máxima em três meses. No acumulado de julho, a commodity registrou seu maior ganho mensal desde janeiro de 2022, pressionado por sinais de aperto na oferta global e aumento na demanda.

Os futuros de outubro do petróleo Brent, referência para a Petrobras, subiram 1,2% na sessão, a US$ 85,43 o barril, enquanto o setembro do Brent, que expirou no fechamento de hoje, avançou 0,7%, a US$ 85,56/barril.

Os preços estão em viés altista porque existe a perspectiva de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, que formam a Opep+, mantenham o mercado apertado, com cortes nas produções.

Em paralelo, os estoques de petróleo estão começando a cair, especialmente nos Estados Unidos.

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Segundo analistas, a alta do petróleo não significa necessariamente uma boa notícia para a Petrobras.

João Abdouni, da Levante Investimentos, destaca que o governo tem, discretamente, reduzido os preços dos combustíveis para controlar a inflação e levar a um corte nos juros por parte do Banco Central. Isso acaba aumentando a defasagem da estatal, caso ela deixe de seguir o caminho de alta do mercado e não eleve os preços dos combustíveis.

De acordo com o rastreador de preços dos combustíveis e preços de paridade de importação da Genial Investimentos, atualizado nesta semana, os preços praticados nas refinarias da Petrobras estão com deságios de 23,9% na gasolina e 20,8% no diesel versus a paridade de preços internacionais.

A Genial tem recomendação de “vender” para as ações preferenciais da companhia, com preço-alvo de R$ 25, o que, comparado com a cotação atual, não dá espaço para altas.

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A Petrobras anunciou no fim de junho a redução em R$ 0,14 do preço do litro da gasolina a distribuidoras. Foi o segundo corte anunciado pela companhia só naquele mês.

Em maio, a diretoria executiva da Petrobras aprovou uma nova política de precificação dos combustíveis, que estabelece o fim da subordinação dos valores ao preço de paridade de importação e passa a ter como referências o custo alternativo do cliente como prioridade e o valor marginal para a Petrobras.

A companhia defendeu que a nova estratégia comercial de gasolina e diesel permite à companhia “competir de forma mais eficiente, levando em consideração a sua participação no mercado, para otimização dos seus ativos de refino, e a rentabilidade de maneira sustentável”.

*Com informações da Reuters.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
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