Internacional

George, do Fed, diz que condições para redução de estímulos foram alcançadas e balanço precisa ser discutido

24 set 2021, 13:07 - atualizado em 24 set 2021, 13:07
Esther George
“Os argumentos a favor de continuar a aumentar nossa carteira de ativos a cada mês perderam força”, disse a presidente do Fed de Kansas City, Esther George (Imagem: REUTERS/Ann Saphir)

O mercado de trabalho dos Estados Unidos já alcançou as condições que o Federal Reserve estabeleceu para reduzir suas compras mensais de títulos, disse a presidente do Fed de Kansas City, Esther George, e o banco central agora deve passar a discutir como sua expressiva detenção de títulos poderia complicar eventual decisão sobre quando elevar os juros.

“Os critérios de progresso adicional substancial foram atendidos … Os argumentos a favor de continuar a aumentar nossa carteira de ativos a cada mês perderam força”, disse George em comentários ao American Enterprise Institute.

Embora a pandemia em curso continue a ser um risco, com os mercados de trabalho e de bens ainda enfrentando restrições e gargalos de oferta, ela sente que esses problemas vão diminuir com o tempo e padrões mais normais de consumo, trabalho e contratação devem retornar.

O desafio agora para o Fed, disse ela, é determinar como seu balanço patrimonial, de 8,5 trilhões de dólares em posse de ativos, complicará uma futura discussão sobre juros.

Esses ativos continuarão sob posse do Fed mesmo depois que as compras mensais caírem para zero e estão “deprimindo os juros de longo prazo, mais relevantes para as famílias e empresas… Essa acomodação persistirá mesmo quando a redução de estímulos for concluída”, disse ela.

“Onde, ao longo da curva de juros, preferiríamos mais espaço para a política monetária?” questionou George, sugerindo que o Fed pode querer manter as taxas de longo prazo baixas ao manter seu balanço alto, mas compensar esse estímulo com juros de curto prazo mais altos.

Isso, no entanto, pode elevar o risco de inversão da curva de juros, um argumento a favor de enxugar o balanço patrimonial “ou pelo menos mudar para um com ativos de vencimento mais curto, com uma taxa básica de juros neutra mais baixa”.

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