Gerdau (GGBR4): Aço chinês segue sendo problema e 3T25 tem “acertos e tropeços”
 
						O resultado da Gerdau (GGBR4) do terceiro trimestre de 2025 (3T25), publicado nesta quinta-feira (30), veio em linha com aquilo que o mercado esperava. Analistas, no geral, pontuaram que enquanto a operação nos Estados Unidos foi forte, a do Brasil, por conta das importações chinesas, pesou no balanço.
As ações da empresa oscilam nesta sexta entre leves altas e baixas. As 12h30, elas sobem 0,59%, a R$ 18,83.
“O terceiro trimestre da Gerdau teve alguns acertos e alguns tropeços. O lucro líquido ficou um pouco abaixo das nossas estimativas (2%), mas o conjunto de resultados foi razoável considerando o contexto, de tendências operacionais mistas”, diz o time de analistas do BTG Pactual, liderado por Leonardo Corrêa.
A siderúrgica registrou lucro líquido consolidado de R$ 1,1 bilhão (queda de 24% a/a), receita líquida de R$ 17,9 bilhões (+3,5%) e Ebitda ajustado de R$ 2,7 bilhões (-9,2%).
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Os recuos do lucro e do Ebitda já eram esperados, visto que, no Brasil, o mercado de aço continua pressionado pelos preços baixos e pelo alto nível de importações da China.
“O Ebitda na operação brasileira caiu 13% trimestralmente, para R$ 763 milhões, principalmente por causa da redução nos preços realizados, com a margem Ebitda em 9,9% (de 12% no 2T25). Vemos as margens no Brasil podendo cair um pouco mais no quarto trimestre, devido ao efeito negativo de preços e menores volumes, impactados pela sazonalidade mais fraca”, afirma a equipe do Itaú BBA, encabeçada por Daniel Sasson.
Ao comparar o resultado na base anual, os recuos são ainda maiores — com o Ebitda da operação brasileira caindo 52,1% e a margem perdendo 10,2 pontos percentuais.
Do outro lado, a operação norte-americana da Gerdau, para os analistas, trouxe um saldo positivo. A receita na região cresceu 11,2% no ano, para R$ 9,1 bilhões, e o Ebitda, 43,1%, para R$ 1,8 bilhão. A margem Ebitda subiu 4,4 pontos percentuais, para 19,8%.
“Na América do Norte, a performance foi robusta, principalmente na divisão de negócios. Ela foi sustentada por maiores volumes de vendas, com alta de 3% no trimestre, e preços subindo 1% em dólar. Os níveis de carteira de pedidos (~70 dias) subiram, apoiados por um maior protecionismo, após a ampliação da Seção 232”, aponta Lucas Laghi, analista da XP.
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Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump impôs mais restrições às importações de aço, o que vem impulsionando o resultado da Gerdau no país. Além disso, a demanda no país segue aquecida, impulsionada, por exemplo, pelo mercado de data centers.
Fora do operacional, os analistas destacam que o fluxo de caixa livre (FCF), de R$ 1 bilhão, foi positivo, ajudado por “melhorias relevantes em capital de giro”. A Gerdau conseguiu reduzir sua alavancagem na base trimestral, de 0,85x para 0,81x, mesmo com o recuo do Ebitda.
“A companhia segue recomprando ações e anunciou um dividendo relativamente pequeno, de R$ 555 milhões, o que pode ficar aquém das expectativas”, diz o BTG. “Há uma expectativa por dividendos extraordinários e a ausência pode frustrar. Mas entendemos que o tema ainda esteja sendo avaliado”.
O BTG Pactual mantém recomendação de compra para Gerdau, com preço-alvo de R$ 20. Itaú BBA e XP seguem a mesma linha, com alvos de R$ 24 e R$ 23, respectivamente.
 
							 
				 
				 
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