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Gerdau (GGBR4) recua após balanço do 2T25; o que faz as ações caírem nesta sexta-feira (1º)?

01 ago 2025, 12:58 - atualizado em 01 ago 2025, 12:58
dividendos gerdau
(Imagem: REUTERS/Dado Ruvic/Illustration)

As ações da Gerdau (GGBR4) e da Metalúrgica Gerdau (GOAU4) recuavam 3,80% e 4,59% , respectivamente, às 12h40 (horário de Brasília) desta sexta-feira (1º). A queda acontece na esteira da divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2025 (2T25).

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A siderúrgica reportou lucro líquido ajustado de R$ 864 milhões, queda de 8,6% na base anual, enquanto o Ebitda ajustado somou R$ 2,6 bilhões, em linha com as estimativas do mercado. A margem Ebitda foi de 14,6%, pressionada pelo desempenho mais fraco no Brasil.

Já a metalúrgica, holding controladora da Gerdau, registrou um lucro líquido ajustado de R$ 863 milhões, um recuo de 9,1% no comparativo anual. A margem Ebitda também recuou na comparação com o mesmo período do ano anterior em 1,2 ponto percentual, para 14,6% no período.

O que dizem os analistas

O Itaú BBA classificou os números como neutros, destacando que a força da operação norte-americana compensou a fraqueza do Brasil. O banco mantém recomendação outperform (compra), com preço-alvo de R$ 21 para o fim de 2025, e avalia que a normalização dos custos em Ouro Branco e um possível aumento da receita por tonelada nos Estados Unidos podem sustentar uma melhora gradual de margens.

O BTG Pactual elogiou o desempenho “best in class” da Gerdau, com Ebitda de R$ 1,6 bilhão e margem de 17,9% nos EUA, alta de 37% sobre o 1T25. No Brasil, o Ebitda caiu 17%, mas superou as expectativas do banco.

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Os analistas veem demanda doméstica americana resiliente e livros de pedidos saudáveis para o 3T25, mas ressalta que o mercado interno brasileiro segue desafiador e que o capex elevado pressiona o fluxo de caixa.

Já o Goldman Sachs reforçou que o motor da companhia está na América do Norte, favorecido pelas tarifas de importação de 50% (Seção 232) e pelo avanço da demanda doméstica.

O banco, contudo, alerta para incertezas sobre a continuidade das tarifas, principalmente se Canadá e México receberem isenções, o que reduziria a proteção ao mercado americano.

O Goldman mantém recomendação de compra, citando o potencial de geração de caixa livre superior a 14% no longo prazo, após a normalização do capex prevista para depois de 2027.

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Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.