ImóvelTimes

Gestora com retorno de 85% rejeita investimento na Evergrande

25 dez 2021, 14:00 - atualizado em 23 dez 2021, 21:08
Dois dos fundos de crédito de sua empresa superaram 99% de seus pares este ano, sendo que um deles gerou um retorno de 84,7% até 17 de dezembro,  (Imagem: REUTERS/Aly Song)

Um dos investidores de maior sucesso no mercado de dívidas de alto risco está evitando papeis da China Evergrande Group, citando os riscos a partir dos descontos elevados nos ativos e passivos que talvez não estejam plenamente refletidos no balanço patrimonial da incorporadora.

Zhang Zhijun, presidente da DingNuo Investment Management, de Pequim, conta que sua gestora não compra títulos da Evergrande desde maio, após o vencimento das obrigações que já tinha em carteira.

Dois dos fundos de crédito de sua empresa superaram 99% de seus pares este ano, sendo que um deles gerou um retorno de 84,7% até 17 de dezembro, de acordo com a Simuwang.com, uma provedora chinesa de dados financeiros.

Esses ganhos foram obtidos principalmente com títulos rejeitados de companhias em dificuldade, incluindo a China Fortune Land Development e fabricante de chips Tsinghua Unigroup Co., disse Zhang. Sua empresa tinha mais de 568 milhões de yuans (US$ 89 milhões) em ativos sob gestão na terça-feira.

“Tentamos medir a taxa de recuperação dos títulos onshore da Evergrande, mas desistimos de comprá-los, pois ela possui produtos de gestão de fortunas e financiamentos fora de seu balanço patrimonial”, disse Zhang.

A Evergrande não respondeu aos pedidos de comentários sobre suas finanças.

A cautelosa de Zhang sobre Evergrande contrasta com as avaliações mais otimistas de investidores internacionais em dívidas de empresas em dificuldades, incluindo Marathon Asset Management.

A incoporadora entrou oficialmente em inadimplência pela primeira vez no início deste mês, depois de deixar de fazer o pagamento dos cupons de dois títulos. A empresa, que divulgou mais de US$ 300 bilhões em passivos totais em junho, disse que está “ativamente” engajada com credores offshore em um plano de reestruturação.

Zhang diz que continuará buscando oportunidades de investimento em dívidas inadimplentes, particularmente títulos de duração mais curta, mesmo neste momento em que os riscos continuam elevados.

Uma das empresas mais saudáveis do setor, a Shimao Group Holdings Ltd. viu recentemente seus títulos despencarem para baixas recordes com preocupações sobre dificuldades de pagamento. Em outros lugares, a Sunac China Holdings Ltd. também enfrentou risco de liquidez. O fracasso potencial dessas empresas testaria as habilidades de sobrevivência de grupos maiores, como Country Garden Holdings Co., disse Zhang.

“Tentamos medir a taxa de recuperação dos títulos onshore da Evergrande, mas desistimos de comprá-los, pois ela possui produtos de gestão de fortunas e financiamentos fora de seu balanço patrimonial”, disse Zhang.

A Evergrande não respondeu aos pedidos de comentários sobre suas finanças.

A cautelosa de Zhang sobre Evergrande contrasta com as avaliações mais otimistas de investidores internacionais em dívidas de empresas em dificuldades, incluindo Marathon Asset Management.

A incoporadora entrou oficialmente em inadimplência pela primeira vez no início deste mês, depois de deixar de fazer o pagamento dos cupons de dois títulos. A empresa, que divulgou mais de US$ 300 bilhões em passivos totais em junho, disse que está “ativamente” engajada com credores offshore em um plano de reestruturação.

Zhang diz que continuará buscando oportunidades de investimento em dívidas inadimplentes, particularmente títulos de duração mais curta, mesmo neste momento em que os riscos continuam elevados.

Uma das empresas mais saudáveis do setor, a Shimao Group Holdings Ltd. viu recentemente seus títulos despencarem para baixas recordes com preocupações sobre dificuldades de pagamento.

Em outros lugares, a Sunac China Holdings Ltd. também enfrentou risco de liquidez. O fracasso potencial dessas empresas testaria as habilidades de sobrevivência de grupos maiores, como Country Garden Holdings Co., disse Zhang.

bloomberg@moneytimes.com.br