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Gestoras de ativos alternativos veem retorno de equipes em 2021

24 jun 2020, 12:29 - atualizado em 24 jun 2020, 12:29
Emprego Escritório Empresas
Para o codiretor-presidente do Carlyle, Kewsong Lee, períodos prolongados de trabalho remoto podem corroer a cultura da empresa (Imagem: Unsplash/@frantic)

Quase metade das gestoras de ativos alternativos não espera trabalhar com equipes completas nos escritórios até 2021, segundo pesquisa recente.

Cerca de 46% dos entrevistados de pesquisa realizada neste mês disseram que o retorno aos escritórios de todos ou da maioria dos funcionários é improvável em 2020. Ainda assim, as empresas esperam que mais funcionários retornem nos próximos meses. Cerca de 61% disseram acreditar que metade dos empregados voltará antes do quarto trimestre.

Empresas de Nova York e de outros centros financeiros dos EUA avaliam quando e como trazer funcionários de volta aos escritórios com segurança, quando cidades reabrem lentamente em meio à pandemia de coronavírus.

O UBS disse que um terço de seus funcionários poderia trabalhar remotamente de forma permanente. O Carlyle tem como alvo setembro para o retorno de seus funcionários em Nova York e Washington.

Para o codiretor-presidente do Carlyle, Kewsong Lee, períodos prolongados de trabalho remoto podem corroer a cultura da empresa.

Como os casos de vírus têm aumentado em vários estados dos EUA, a crise da saúde pode obrigar algumas empresas a mudar os planos. O número de casos subiu no Texas, Flórida, Arizona e na Califórnia, que na terça-feira bateu recorde de novas infecções pelo quarto dia na última semana.

O escritório de advocacia Seward & Kissel entrevistou cerca de 150 executivos de empresas de hedge, private equity, imóveis e crédito privado, a maioria com sede em Manhattan.

Cerca de 28% dos entrevistados de Manhattan disseram que esperam que sua empresa reduza o tamanho do espaço ocupado nos escritórios, em comparação com apenas 5% de firmas fora da cidade de Nova York.

“Acreditamos que o ambiente da Covid-19 incentivou executivos do alto escalão a avaliar a pegada imobiliária de suas empresas”, afirmou o relatório. As implicações “podem ser significativas” para imóveis em Nova York.