Ibovespa

Gestores mantêm projeção de Ibovespa acima de 140 mil pontos e esperam corte na Selic ainda neste ano, diz BofA

16 jul 2025, 10:20 - atualizado em 16 jul 2025, 10:20
EUA, Dólar, EWZ, Ibovespa, Mercados, Wall Street, Dow Jones, S&P 500, Nasdaq
Os gestores ouvidos pelo BofA esperam início de posições para eleições de 2026 e corte na Selic ainda neste ano; Ibovespa deve seguir em alta (Imagem: Leung Cho Pan/Canva)

Os gestores começaram o segundo semestre de 2025 mais otimistas, de acordo com a pesquisa mensal do Bank of America (BofA) divulgada na última terça-feira (15). 

Agora, 83% dos gestores de fundos da América Latina veem o Ibovespa (IBOV) acima dos 140 mil pontos em dezembro deste ano, contra 66% no mês passado. 

“A convicção com o Ibovespa permanece alta”, afirmaram os estrategistas David Beker, Carlos Payrelonge, Mateus Conceição e Paula Soto, em relatório. 

Os gestores entrevistados pelo BofA também preveem que o Brasil superará o México em alocação nos próximos seis meses. 

Essa visão positiva é sustentada pela proximidade das eleições presidenciais de 2026. Cerca de 57% dos entrevistados acreditam que os investidores adicionaram posições já no quarto trimestre deste ano, enquanto aproximadamente 18% espera que as alocações sejam feitas somente no primeiro trimestre de 2026. 

Na pesquisa anterior, quase 30% dos gestores mostraram a intenção de adicionar posições, de olho nas eleições a partir do ano que vem. 

Há também a expectativa de que o Banco Central brasileiro inicie cortes na taxa básica de juros, a Selic, ainda neste ano. Em geral, os gestores têm um consenso de que não haverá novos aumentos nos juros até dezembro. 43% veem que o primeiro corte na Selic até o final de 2025. 

Essa visão também é compartilhada pelos estrategistas do BofA, que projetam uma redução de 0,5 ponto percentual na Selic em dezembro. A Selic está em 15% ao ano e com a previsão do banco, a taxa deve encerrar 2025 em 14,50% ao ano. 

A retomada do fortalecimento do dólar e as taxas de juros mais altas nos Estados Unidos seguem considerados os maiores riscos para as bolsas latino-americanas, incluindo o Brasil. Os entrevistados pelo BofA projetam o dólar a R$ 5,45, em média, no final de 2025 — abaixo de R$ 5,65 projetado pelos analistas consultados pelo Banco Central no Relatório Focus da última segunda-feira (14). 

A pesquisa foi realizada antes do anúncio da tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros à importação nos Estados Unidos e contou com a participação de 30 gestores que detêm juntos aproximadamente US$ 63 bilhões sob gestão. 

Setores com mais alocação na bolsa

A alocação setorial mostra que os investidores ainda estão mais overweight (exposição acima da média) em utilities (Serviços Públicos), consumo discricionários e setor financeiro — com posições semelhantes a da pesquisa mensal anterior.  Materiais continuou sendo os setor mais underweight (exposição abaixo da média).

“Beta alto e alta qualidade são agora as estratégias preferidas entre os participantes”,  diz o BofA em relatório elaborado por Carlos Peyrelongue, David Beker, Mateus Conceição e Paula Soto.

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar