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Getnet: ação salta 142% em estreia na B3

18 out 2021, 17:31 - atualizado em 18 out 2021, 17:31
Getnet
Com o início da negociação, a companhia passa a fazer parte do segmento de listagem tradicional da B3 (Imagem: Divulgação/B3)

Os papéis da Getnet dispararam na sessão desta segunda-feira (18) em dia de estreia na B3 após a empresa de meios de pagamento cindir suas operações do Santander (SANB11).

As ações preferenciais (GETT4) saltaram 95,85%, a R$ 4,97, os ordinários (GETT3) 142,74% , a R$ 5,40, e as units (GETT11) 63,58%. 

“Nascemos em 2003 e essa trajetória de quase duas décadas foi marcada pela superação de grandes desafios e sempre impulsionando negócios e pessoas. Hoje chegamos ao maior momento da nossa história. Este passo estratégico permitirá que exploremos todo o potencial dos nossos negócios, dentro da PagoNxt, uma nova plataforma global de pagamentos focada em tecnologia, que reúne os negócios de pagamento mais disruptivos do Santander”, explica Pedro Coutinho, CEO da Getnet no Brasil. 

Ainda segundo o executivo, a Getnet alcançou um novo patamar, agora não só entre as maiores empresas do Brasil, como do mundo.

Com o início da negociação, a companhia passa a fazer parte do segmento de listagem tradicional da B3.

Felipe Vella, analista técnico da Ativa Investimentos, afirma que mesmo que a ação tenha entregado ganhos acima de 200% no primeiro dia, o papel continua atraente.

Para o BB Investimentos, ainda que com a cisão a Getnet possa de fato passar a ofertar soluções em crédito a seus clientes por meio de parceria com outros bancos, para o Banco Santander, a perda é mínima, já que o banco deve continuar sendo o principal parceiro, se beneficiando das sinergias construídas com a adquirente ao longo dos anos.

“Desde o anúncio da cisão, em março deste ano, o Santander  já divulga os balanços trimestrais excluindo os números da Getnet, e por conta disso nosso preço-alvo divulgado em agosto já deriva do valuation que parte dessa premissa. Sendo assim, mantemos nossa perspectiva positiva para o Santander Brasil, com preço-alvo para suas units (SANB11) em R$ 52 e recomendação de compra”, completa.

A empresa já chega ao mercado com 16% de participação, totalizando 876 mil clientes ativos. O seu volume total de pagamentos (TPV) somou R$ 274 bilhões em 2020. No primeiro semestre desse ano, essa cifra ficou em R$ 183 milhões, alta de 64% ante o mesmo período do ano passado.

Além disso, a GetNet lidera quando o assunto é pré-pagamento, com 41% de participação nesse mercado. No primeiro trimestre foram R$ 54 bilhões levantados.

Lembrando que os acionistas do Santander vão receber 0,25 ação ordinária, preferencial ou unit da Getnet para cada papel que possuir.

Estratégia para crescer

O Santander justifica que a operação deva destravar valor, tendo em vista o espaço conquistado entre 2013 e 2020, período em que passou de 3% de market share para 16%.

A maquininha está focada em cinco pilares para alavancar o seu crescimento:

  • aumentar sua penetração dentro da base de clientes do Santander;
  • crescer em canais independentes, como e-commerce, por meio de sua própria equipe de vendas, e também por meio de parcerias;
  • melhorar a originação de crédito por meio da sua licença de crédito direto, incluindo antecipação de recebíveis;
  • alavancar sua expansão no e-commerce por meio de sua tecnologia sofisticada;
  • aumentar novas receitas e serviços, tais como software de conciliação auttar, tokens e POS.

Ademais, a companhia continuará tendo acesso às mais de 3 mil agências, 20 mil vendedores e 110 pontos de atendimentos do Santander. Em contrapartida, a Getnet irá remunerar o banco por todo cliente gerado através do canal bancário.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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