Gol (GOLL4) reduz perdas no 2T25, mas tem prejuízo de R$ 1,5 bilhão em trimestre que deixou recuperação judicial

A Gol (GOLL4) registrou um prejuízo líquido de R$ 1,532 bilhão no segundo trimestre de 2025. Apesar da queda, o resultado da empresa divulgado na madrugada desta sexta-feira (15) é 60,8% melhor que o verificado no mesmo período de 2024, quando teve um prejuízo de 3,9 bilhões. Nos três primeiros meses de 2025, a Gol havia reportado lucro de R$ 1,37 bilhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ficou em R$ 382 milhões, queda de 6,7% em relação ao 2T24. Já a margem Ebitda foi de 7,9% no 2T25, uma perda de 2,5 pontos percentuais em comparação com o mesmo período do ano passado.
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A receita líquida da aérea somou R$ 4,84 bilhões, um avanço de 22,9% na comparação anual. Em transporte de passageiros, foram R$ 4,32 bilhões, enquanto os outros R$ 59 milhões vieram de transporte de cargas e outros.
“Desde o 2T24, a GOL devolveu 12 aeronaves Boeing NGs e recebeu 10 737-MAX, além de dois cargueiros dedicados. A sólida e consistente busca pela recuperação da frota resultou na reativação de 20 aeronaves que estavam fora de operação (vs 2T24), possibilitando um aumento de oferta de 19,2% no trimestre (vs 2T24), com destaque para o mercado internacional com 62,1% de crescimento no mesmo período”, informou a companhia.
Fim da recuperação judicial
No comunicado ao mercado, a empresa comemora o fim da sua recuperação judicial, ocorrido em 6 de junho, dentro dos termos do Chapter 11, da Justiça dos Estados Unidos.
A dívida bruta total no 2T25 atingiu R$ 26,34 bilhões, queda de 9,9% quando comparada ao 2T24. A relação dívida líquida ajustada/EBITDA UDM atingiu 3,7x em 30 de junho de 2025, contra 5,7x ao final do primeiro trimestre de 2025, “refletindo as negociações dentro do processo de Chapter 11 e sua nova estrutura de capital”.
No período entre abril e junho de 2025, o total de custos e despesas operacionais ficou em R$ 4,43 bilhões, uma alta de 20,4% em relação aos R$ 3,68 bilhões do 2T24.
“O custo unitário por assentos-quilômetros disponíveis (CASK) foi afetado principalmente pelo aumento do dólar, pelo aumento da depreciação – resultante dos investimentos para recuperação da frota – e pelo incremento nas despesas de manutenção – relacionadas às remoções não programadas de motores LEAP e provisões de custos End of Lease para devoluções futuras”, disse em comunicado.