‘Gold Card’: Trump apresenta visto de US$ 5 milhões que pode dar cidadania americana
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou um protótipo do chamado “Gold Card“, um novo visto de residência para estrangeiros que pagarem US$ 5 milhões ao Tesouro dos EUA em troca da possibilidade de obter a cidadania americana.
De acordo com o presidente, o visto começará a funcionar oficialmente em duas semanas.
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O anúncio ocorreu com jornalistas a bordo do Air Force One, o avião presidencial, na última quinta-feira (3). Trump afirmou ser o “primeiro comprador” do novo visto, que ele espera que atraia “geradores de empregos” e que ajude a reduzir o déficit nacional.
Os interessados deverão se inscrever e passar por uma avaliação do governo americano e, se aprovados, receberão o visto ainda em seus países de origem. O presidente afirmou que o “cartão Trump” será entregue a empresários estrangeiros aprovados no programa.
Benefícios do Gold Card
Em fevereiro, quando o programa foi anunciado, o secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, explicou que o Gold Card deve substituir o atual programa para investidores, conhecido como EB-5.
Atualmente, o programa EB-5 concede os chamados green cards — isto é, o visto permanente que permite a um estrangeiro viver e trabalhar nos Estados Unidos, com os mesmos direitos que um cidadão americano — para imigrantes sob duas condições: investirem um mínimo de US$ 1,05 milhão e criarem pelo menos 10 empregos para trabalhadores americanos.
Trump descreveu o novo visto como uma versão mais cara do green card. O Gold card, conforme disse o presidente, dará privilégios do cartão tradicional — sendo a principal diferença o custo de US$ 5 milhões.
O republicano espera vender um milhão destes vistos e não descartou a possibilidade de oligarcas russos adquirirem o “cartão Trump”. De acordo com o presidente, “para quem investe nos Estados Unidos, esta é a hora de ficar mais rico que nunca”.
Programas semelhantes, conhecidos como “Visto Gold”, já foram adotados por países europeus, exigindo a compra de imóveis caros ou a manutenção de ativos financeiros. No entanto, em 2022, a Comissão Europeia pediu o encerramento desses programas por motivos de segurança, levando países como Reino Unido e Portugal a restringir ou suspender tais benefícios.
