Economia

Goldman Sachs: PIB global será um dos piores em 40 anos, mas sem recessão (ainda)

17 mar 2020, 16:43 - atualizado em 17 mar 2020, 16:43
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Viés de baixa: Goldman Sachs admite que, se tiver de rever projeção do PIB global, será para cortá-la (Imagem: Reuters/Aly Song)

O Goldman Sachs reviu sua previsão para o crescimento do PIB global neste ano. A boa notícia é que o banco não enxerga uma recessão global causada pela pandemia de coronavírus. A má é que ela não está descartada pela instituição.

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Jan Hatzius, Daan Struyven e Ronnie Walker, que assinam o relatório, estimam que a economia mundial crescerá apenas 1,25% neste ano, por causa da crise gerada pelo vírus. A previsão é uma média de 40 países acompanhados cotidianamente pelo banco.

Embora seja um número positivo e os especialistas não tenham uma definição clara sobre o que é uma recessão, os analistas afirmam que essa projeção poderia se candidatar a essa classificação, já que seria o terceiro pior resultado nos últimos 40 anos.

“De fato, o 1,25% seria o terceiro ano mais fraco das últimas quatro décadas – não tão ruim, quanto as recessões encerradas em 1982 e 2009, mas pior que as suaves recessões de 1991 e 2001”, afirma o relatório.

Pessimismo

Por ora, o trio acredita que a queda do PIB mundial se concentre no primeiro semestre, o que permitiria uma certa recuperação a partir de julho. Os analistas advertem, contudo, que a tendência é que projeção seja revista para baixo.

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Isto porque, o Goldman Sachs explica que o cálculo não considera uma eventual paralisação da economia dos EUA e de alguns importantes países da Europa. Os últimos desdobramentos da pandemia, porém, mostram que esse cenário pode ocorrer.

Além disso, o banco espera que os casos de contaminação atinjam um pico em abril, a partir do qual, a pandemia comece a recuar.

A estimativa é baseada nas curvas da China, Japão e Coreia do Sul, mas o Goldman Sachs admite que é difícil prever se os países ocidentais serão capazes de conter o coronavírus com a mesma velocidade que os asiáticos.

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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