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Governo anuncia novo modelo de crédito imobiliário; veja as mudanças

10 out 2025, 10:59 - atualizado em 10 out 2025, 12:07
construção civil - ações - imóveis
(Imagem: Getty Images)

governo federal anunciou, nesta sexta-feira (10), o novo modelo de crédito imobiliário, que terá como foco famílias que ganham acima de R$ 12 mil e ficam de fora do Minha Casa, Minha Vida (MCMV).

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A medida deve viabilizar mais recursos para o financiamento habitacional, para beneficiar operações realizadas dentro das regras do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) para a classe média, informou o Palácio do Planalto em nota.

“Esse programa foi pensado nessa gente, em quem quer uma casa maior, num lugar melhor”, afirmou o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de lançamento em São Paulo.

O que muda?

Uma das principais alterações será nas regras das cadernetas de poupança. Atualmente, 65% dos depósitos da poupança precisam ser direcionados ao crédito imobiliário e outros 20% são obrigatoriamente recolhidos pelo Banco Central (BC).

O programa prevê o fim do direcionamento obrigatório. As mudanças deverão ter plena vigência a partir de janeiro de 2027, após um período de transição que será iniciada ainda neste ano.

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Os recursos depositados na poupança passarão a ser referência para o volume de dinheiro que os bancos devem destinar ao crédito habitacional, incluindo as modalidades do SFH e do SFI (Sistema de financiamento imobiliário).

Segundo o Planalto, a poupança será maximizada como fonte de financiamento, ou seja, na medida em que mais valores são depositados, mais crédito será disponibilizado para financiamento imobiliário, o que tende a ampliar a oferta de crédito considerando ainda as captações de mercado, por exemplo, via LCIs e CRIs.

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Num exemplo hipotético, quando estiver plenamente implementado o novo modelo, se uma instituição captar no mercado R$ 1 milhão e direcionar integralmente esse montante para financiamento imobiliário, ela poderá usar a mesma quantia captada na poupança, que tem custo mais baixo, para aplicações livres por um período predeterminado.

Mas, para isso, 80% dos financiamentos habitacionais deverão ser feitos pelas regras do SFH, que têm juros limitados a 12% ao ano.

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“Estamos tornando o uso da poupança mais eficiente, o que vai permitir que cada real depositado gere mais crédito, mais habitação e mais empregos. É uma transformação que prepara o país para um novo ciclo de crescimento com sustentabilidade e inclusão”, afirmou o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello.

“Essa medida atende a uma faixa da população que estava sem acesso a crédito habitacional. Hoje, as famílias que ganham até R$ 12 mil mensais são atendidas pelo MCMV. Acima disso, as pessoas estavam sem alternativas. A não ser que ganhem muito bem para suportar juros de mercado”, disse o ministro das Cidades, Jader Filho. 

Novo valor máximo de financiamento

O governo também anunciou o aumento do valor máximo do imóvel financiado pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH) dos atuais R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões.

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Jornalista formado e com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Passou pelas redações da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural, e foi líder de conteúdo no 'Economista Sincero'. Hoje, atua como repórter no Money Times.
igor.grecco@moneytimes.com.br
Jornalista formado e com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Passou pelas redações da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural, e foi líder de conteúdo no 'Economista Sincero'. Hoje, atua como repórter no Money Times.