Política

Governo Bolsonaro enviou ofício à transição para retirar 2,5 mi de brasileiros do Auxílio Brasil, diz Haddad

14 dez 2022, 15:43 - atualizado em 14 dez 2022, 15:43
Fernando Haddad
“É quase que um crime confessado”, completou o futuro ministro (Imagem: Facebook/Fernando Haddad)

A gestão Jair Bolsonaro enviou à equipe de transição um ofício que manda retirar do cadastro do Auxílio Brasil 2,5 milhões de beneficiários, disse nesta quarta-feira o ex-prefeito de São Paulo e futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Em entrevista à GloboNews, Haddad não detalhou esse pedido e não disse o motivo de o governo em exercício ter enviado tal solicitação ao presidente eleito.

“O desenho do Auxílio Brasil não foi feito para combater a fome, foi feito para maximizar o número de votos”, disse, argumentando que indivíduos passaram a receber nos últimos meses o mesmo benefício de famílias inteiras.

“Agora nós recebemos ofício do próprio governo mandando retirar do cadastro 2,5 milhões de brasileiros. Por que foram incluídos se não se adequavam aos parâmetros da lei?”

“É quase que um crime confessado”, completou o futuro ministro.

O Ministério da Cidadania já havia divulgado nota na terça-feira sobre o tema, após declarações nessa linha de membros do grupo técnico de Desenvolvimento Social da transição, afirmando que é “falsa a acusação de que o governo federal incluiu 2,5 milhões de pessoas no Programa Auxílio Brasil pouco antes das eleições, demandando do futuro governo uma revisão dos benefícios e possíveis cancelamentos”.

“Outra acusação fantasiosa feita pelo grupo de transição diz respeito a um suposto crescimento anormal na quantidade de famílias unipessoais beneficiárias do Auxílio Brasil”, informou a nota. “Cabe ressaltar que possíveis irregularidades, assim que identificadas, foram e sempre serão imediatamente corrigidas, como é praxe desta gestão.”

Haddad também afirmou na entrevista que os filtros do INSS para concessão de benefícios foram removidos pelo atual governo, ponderando que isso não significa que as liberações sejam irregulares.

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