Governo reduz contenção de gastos R$ 31,3 bilhões para R$ 10,7 bilhões em 2025

O governo federal reduziu a contenção de gastos dos ministérios de R$ 31,3 bilhões para R$ 10,7 bilhões em 2025, mostra o relatório de avaliação de receitas e despesas do terceiro bimestre, divulgado nesta terça-feira (22).
Segundo os ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento, a melhora de receita líquida de transferências permitirá a reversão completa do contingenciamento de R$ 20,7 bilhões anunciado em maio.
O detalhamento da contenção, por órgão, será publicada no dia 30 de julho, em anexo no Decreto de Programação Orçamentária e Financeira.
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O relatório mostra ainda que o bloqueio para obedecer ao limite de gastos subiu de R$ 10,6 bilhões para R$ 10,7 bilhões. A estimativa de despesas primárias sujeitas ao limite caiu de R$ 2,272 trilhões para R$ 2,270 trilhões.
O governo também revisou a projeção da receita primária total de 2025, que passou de R$ 2,899 trilhões para R$ 2,924 trilhões.
As despesas primárias subiram de R$ 2,415 trilhões para R$ 2,420 trilhões. Dentro desse total, as despesas obrigatórias aumentaram de R$ 2,204 trilhões para R$ 2,209 trilhões, enquanto as discricionárias do Poder Executivo, recuaram de R$ 210,6 bilhões para R$ 210,5 bilhões.
Com os ajustes, a projeção para o resultado primário do Governo Central passou de um déficit de R$ 97 bilhões para R$ 74,9 bilhões negativos. Já o resultado após uma compensação de R$ 45,3 bilhões saiu de um rombo de R$ 51,7 bilhões para R$ 26,3 bilhões negativos — dentro da banda de tolerância da meta do ano.
Na parte macroeconômica, a estimativa da Selic acumulada no ano foi levemente reduzida, de 14,28% para 14,25%. A expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) real subiu de 2,38% para 2,54% e a projeção para a taxa de câmbio média foi revista de R$ 5,81 para R$ 5,70 por dólar.