Economia

Governo reduz para 2,1% projeção de crescimento do PIB no ano que vem

17 nov 2022, 16:17 - atualizado em 17 nov 2022, 16:17
Uma atividade menos aquecida reflete nas contas do governo ao deteriorar a arrecadação tributária, gerando uma piora do resultado primário (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia manteve nesta quinta-feira a projeção oficial para o crescimento da atividade econômica neste ano em 2,7%, mas piorou a estimativa de alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 para 2,1%, contra previsão anterior de 2,5%.

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Em seu boletim macrofiscal, que revisa bimestralmente as estimativas do governo para parâmetros econômicos que são usados no acompanhamento orçamentário, a SPE argumentou que suas últimas publicações já alertavam para o risco de uma deterioração no cenário internacional, o que poderia afetar o crescimento brasileiro.

“A redução de 0,4 ponto percentual na estimativa do PIB em 2023 resulta principalmente da piora no cenário externo desde a data-base da última grade (de parâmetros), com aumento das taxas de juros internacionais e redução das expectativas de crescimento de economias desenvolvidas e emergentes”, disse.

Mesmo com a redução, a estimativa do Ministério da Economia para 2023 segue bem mais otimista do que a visão de mercado. No mais recente boletim Focus, do Banco Central, analistas apontam para um crescimento de 2,77% neste ano, recuando para apenas 0,7% em 2023.

A piora na atividade econômica impacta diretamente as contas públicas, que já vivem momento de incerteza para o próximo ano em meio à tentativa do governo eleito de ampliar gastos por fora da contabilidade das regras fiscais.

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Uma atividade menos aquecida reflete nas contas do governo ao deteriorar a arrecadação tributária, gerando uma piora do resultado primário.

Ao construir o Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2023, o atual governo usou como base uma projeção de crescimento de 2,5% para o PIB do ano que vem.

Se não houver atualização dos números pelo Congresso e caso seja confirmado o PIB mais fraco, o novo governo poderá enfrentar frustrações de receitas.

Inflação

Em relação à inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a previsão da equipe econômica caiu para 5,85% em 2022, contra 6,3% da projeção feita em setembro.

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Para 2023, o patamar foi elevado de 4,5% para 4,6%.

De acordo com projeção do mercado apresentada no boletim Focus, o IPCA deve encerrar 2022 em 5,82%, próximo à visão do governo. Para 2023, a projeção de mercado está em 4,94%, maior que a estimativa oficial.

O centro da meta de inflação é de 3,5% neste ano e 3,25% no próximo, nos dois casos com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos.

“Os principais fatores para alteração da projeção de inflação foram a redução dos preços administrados, menor pressão dos bens industriais e alimentos e estabilização dos preços de serviços”, disse a SPE, ressaltando esperar uma convergência do IPCA para a meta de 3% em 2024.

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Na revisão das projeções, a estimativa para o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que é atualmente usado para corrigir o salário mínimo e outras despesas do governo, ficou em 6,0% para este ano, contra 6,54% antes. Em 2023, a estimativa foi de 4,86% para 4,9%.

A apresentação dos dados pela SPE é usualmente seguida de uma entrevista coletiva à imprensa, o que não ocorreu nesta divulgação, a primeira após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais. Desde o resultado do pleito, o ministro da Economia, Paulo Guedes, também não fez declarações públicas.

As previsões apresentadas nesta quinta serão usadas como base para os cálculos do relatório bimestral de receitas e despesas, a ser divulgado na próxima semana, que avalia o cumprimento da meta fiscal e do teto de gastos.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
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