Agronegócio

Governo reitera ser “pouco provável” chegada de nuvem de gafanhotos ao Brasil

25 jun 2020, 22:46 - atualizado em 25 jun 2020, 22:46
Gafanhotos
Na véspera, o ministério já havia afirmado que seria “pouco provável” a chegada dos gafanhotos ao território brasileiro (Imagem: REUTERS/Baz Ratner)

O Ministério da Agricultura reiterou nesta quinta-feira ser pouco provável, até o presente momento, que a nuvem de gafanhotos que atinge áreas agrícolas da Argentina avance em direção ao território brasileiro.

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A informação foi divulgada após o ministério ter declarado estado de emergência fitossanitária para áreas de produção agrícolas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, devido a riscos de os insetos chegarem ao país.

A medida, publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, teve caráter “preventivo”, esclareceu o ministério em nota.

“Além disso, essa medida visa permitir uma mobilização mais ágil de recursos humanos e financeiros para promover eventual controle da praga”, afirmou o ministério.

Na véspera, o ministério já havia afirmado que seria “pouco provável” a chegada dos gafanhotos ao território brasileiro.

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“Caso isso ocorra, será feito um monitoramento interno para o acompanhamento da evolução do evento.”

Segundo o Serviço Nacional de Saúde da Argentina (Senasa), a nuvem contém cerca de 40 milhões de insetos e, depois de entrar na Argentina pelo Paraguai no final de maio, encontra-se na província de Corrientes, perto das fronteiras com o Brasil, Uruguai e Paraguai.

“Estamos acompanhando o movimento da praga”, disse à Reuters o coordenador do Programa Nacional de Gafanhotos do Senasa, Héctor Medina.

Ele disse que, devido à entrada de uma frente fria do sul, o movimento de gafanhotos seria limitado nos próximos dias.

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As baixas temperaturas “impedem que eles se movam e se reproduzam”, explicou Medina, acrescentando que, embora o clima limite sua mobilidade a curto prazo, o vento poderá eventualmente empurrar a nuvem de gafanhotos para um país vizinho.

Enquanto isso, apesar do tamanho da nuvem, o Senasa e a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA) indicaram que os gafanhotos não causaram grandes danos às lavouras na Argentina.

“Por enquanto não é um problema, estamos mais preocupados com a (falta de) umidade para o plantio de trigo do que gafanhotos”, disse o chefe de Estimativas Agrícolas do BCBA, Esteban Copati.

No entanto, a presença da praga levantou preocupações no Brasil, onde um representante da associação de produtores de Aprosoja, no Rio Grande do Sul, disse que havia temor de que gafanhotos entrassem no Estado, que está em fase de plantio do trigo.

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O representante da cooperativa Copercampos em Santa Catarina Eugenio Hack disse à Reuters que, se os gafanhotos chegarem ao Estado, os produtores teriam que ser treinados para usar produtos químicos apropriados, que são diferentes dos utilizados habitualmente.

“Meu avô lidou com gafanhotos há muitos anos. Os agricultores costumavam cavar valas no chão, cobrir os insetos com o terra e incendiá-los”, disse Hack.

A portaria do Brasil nesta quinta-feira apontou que o estado de emergência visa a implementação de um plano de supressão da praga e a adoção de medidas emergenciais.

O prazo da emergência fitossanitária será de um ano, e diretrizes e medidas a serem adotadas ainda serão indicados em ato a ser assinado pela ministra Tereza Cristina, segundo o texto da medida.

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Brasil e Argentina estão entre os principais exportadores de soja e milho do mundo.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
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