Política

Governo trabalha para enviar sugestões finais da reforma tributária ao Congresso semana que vem

17 set 2020, 14:08 - atualizado em 17 set 2020, 14:08
Deputado Ricardo Barros
Estamos construindo isso para a semana que vem (Imagem: Reuters/Ueslei Marcelino)

O governo trabalha para, de forma unificada, apresentar suas contribuições finais ao Congresso para a reforma tributária na próxima semana, afirmou nesta quinta-feira o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo o líder, o esforço é pela busca de soluções que envolvem ainda a desindexação de recursos para liberar espaço a um programa de distribuição de renda, e também a aprovação de um novo imposto que possibilite a desonerações da folha de pagamento.

O líder bateu na tecla da necessidade de unificação do discurso do governo, e afirmou que a nova forma de articulação envolve a negociação prévia com a base do governo.

“É assim que temos que seguir daqui para frente com o pacote novo da reforma tributária, as novas medidas da reforma tributária que precisam ser entregues pelo governo”, disse Barros em live da Necton Investimentos.

“Estamos construindo isso para a semana que vem”, afirmou.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo o líder, as frentes de negociação levam em conta a necessidade de não sinalizar ao mercado qualquer afrouxamento fiscal, motivo pelo qual trabalha-se com a compensação de medidas.

“Se não criarmos um novo tributo, nós não teremos a desoneração da folha”, afirmou, acrescentando que não se trata de aumento da carga, o que não contaria com votos entre parlamentares, mas uma substituição.

“Se não houver um novo imposto, não haverá a desoneração da folha, é simples assim. Se não houver a desindexação, não haverá recursos para o Renda Brasil.”

A ideia e que o governo trabalhe nos temas até a próxima semana para transferir ao Congresso a tarefa de tocar os temas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“O governo vai entregar ao Congresso as suas contribuições finais, e é para isso que nós estamos trabalhando agora, até o final de semana, e tentamos abrir a semana com isso decidido para que o Congresso tome decisões se vão ou não avançar nessas questões. Se não tem uma coisa, não tem outra”, declarou.

O deputado explicou que o governo já trabalha com uma proposta alternativa de desoneração da folha. Seria uma medida “geral” e “permanente” para reduzir a contribuição previdenciária de 20% para 10%.

Ainda segundo o deputado, a proposta isenta a contratação de trabalhadores que ganham até um salário mínimo. O parlamentar relata ainda mudanças na faixa de isenção do Imposto de Renda, que passaria ao limite de 3 mil reais.

“Esse pacote todo seria compensado pela criação de um novo imposto de transações eletrônicas”, afirmou Barros.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Isso é o que estava em construção, como nós temos tido alguns percalços na articulação, nós vamos tentar ver se até terça-feira que vem isso estará pronto para ser oferecido para apreciação.”

O senador Márcio Bittar (MDB-AC) disse na quarta-feira que foi autorizado por Bolsonaro a reapresentar um programa de renda permanente, apesar de o presidente der falado na véspera, mais cedo, que não iria tratar de Renda Brasil até o fim de seu mandato.

Barros disse ter conversado com o senador na noite da quarta e informou que Bittar iria se reunir na manhã desta quinta com assessores e técnicos da equipe econômica e da articulação do governo para buscar recursos e possibilitar esse programa que seria um Bolsa Família ampliado.

A ideia, explicou o líder, é permitir a realocação de recursos por meio da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do pacto federativo, com a desvinculação desse dinheiro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Votações

O líder do governo comemorou o fato de o Executivo contar com uma base no Congresso, o que favorece a votação e a inclusão de temas na pauta. Segundo ele, a PEC do pacto federativo é encarada com prioridade máxima, seguida da reforma tributária e da administrativa.

Barros disse trabalhar, ainda sem acordo, pela manutenção do veto a projeto que trata do novo marco do saneamento. No caso da desoneração, disse, a articulação é comandada pelo líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO).

A solução, defende Barros, passa pela tramitação de propostas alternativas.

“A estratégia é encontrar solução para o problema e colocar em tramitação no Congresso e fazer acordo de manutenção de vetos”, afirmou, citando o da desoneração e o mais recente, relacionado à anistia a dívidas de Igrejas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No caso do pacote anticrime, admitiu, parte dos vetos deve ser derrubada.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar