Guerra Comercial

Governos Federal e de São Paulo preparam medidas de socorro a empresas afetadas por tarifa dos EUA

23 jul 2025, 5:07 - atualizado em 23 jul 2025, 5:12
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Brasília e São Paulo se mexem para anunciar medidas de socorro as empresas (Foto: iStock - Oleksii Liskonih)

Os governos Federal e São Paulo afirmaram nesta terça-feira que estão preparando separadamente medidas de apoio a empresas afetadas pela tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brasil e que envolve, principalmente, empresas paulistas.

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O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, disse que o governo Lula avalia a necessidade de socorrer empresas brasileiras, ponderando que as medidas seriam pontuais, direcionadas e com o menor custo fiscal possível.

“Tudo vai ser feito de maneira gradual, pontual e para eventuais setores que possam ter tido prejuízo, e com o menor impacto fiscal possível, sem prejudicar os nossos cumprimentos de meta”, disse.

Em entrevista à imprensa, Durigan afirmou que o governo trabalha pela reversão dessa taxação, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto. Segundo ele, ainda é preciso aguardar para se fazer avaliações sobre o eventual impacto da tarifa sobre a atividade, a inflação e outros indicadores econômicos.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia adiantado na segunda-feira (21) que o governo avaliava implementar instrumentos de apoio a setores da economia impactados pelo tarifaço. “Pode ser que nós tenhamos que recorrer a instrumentos de apoio a setores que injustamente estão sendo afetados”, disse.

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São Paulo

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou que pretende conceder linhas de crédito subsidiadas e fazer “uma grande entrega de crédito de ICMS” aos exportadores no Estado para compensar os impactos do tarifaço dos EUA.

“Tem duas providências que a gente vai fazer. Uma é aumentar o fundo garantidor, para dar crédito a esses setores que são mais afetados, a gente vai ter uma linha de crédito mais vigorosa com juros subsidiados”, disse ele. “[A outra é] a gente vai fazer uma grande entrega de crédito de ICMS, uma grande devolução de crédito, para ver se a gente consegue abastecer essas empresas com recurso financeiro, para que elas possam passar por esse período mais crítico”, acrescentou.

Tarcísio de Freitas disse ainda que aposta numa negociação em torno do tarifaço, “sempre na esperança que isso aí vai chegar em uma boa solução, em um bom tempo”.

O aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro pregou também que é hora de deixar a política de lado nessa guerra comercial e buscar o interesse coletivo do país.

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“A questão política é um entrave, mas é hora de deixar a política de lado e ver o interesse nacional, entender a natureza do movimento geopolítico que está em curso para que a gente busque o interesse nacional”, destacou ele.

Ao anunciar uma tarifa de 50% sobre os produtos exportados pelo Brasil aos Estados Unidos a partir de 1º de agosto, o presidente norte-americano, Donald Trump, apontou como um dos motivos para a medida o processo enfrentado por Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), por tentativa de golpe de Estado, classificado como uma “caça às bruxas”.

Com informações Reuters

 

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fernando.antunes.ext@moneytimes.com.br
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