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GPA (PCAR3) e Grupo Mateus (GMAT3): Um tem mais vantagem e pode surpreender o mercado, diz BB

10 jun 2022, 18:00 - atualizado em 10 jun 2022, 18:00
Pão de Açúcar
O BB Investimentos cortou os preços-alvo das ações do Grupo Pão de Açúcar e Grupo Mateus (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

O BB Investimentos reduziu o preço-alvo para o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), de R$ 31,70 a R$ 28,60, e para o Grupo Mateus (GMAT3), de R$ 6,70 a R$ 5,70.

O banco tem recomendação neutra para ambos os varejistas, apesar de vê-los enfrentando momentos diferentes.

No curto prazo, a instituição espera que ambas as companhias continuem enfrentando um cenário desafiador por causa da inflação. No entanto, o BB Investimentos tem um olhar mais otimista para o Pão de Açúcar.

Segundo o BB Investimentos, o Pão de Açúcar está focado em readequar sua estrutura após o encerramento das lojas do formato hipermercado e drogarias, “o que exige reestruturação e redimensionamento do negócio”.

A instituição acredita que o Pão de Açúcar esteja em uma posição mais vantajosa para entregar incremento de rentabilidade na comparação anual, podendo até surpreender o mercado.

“Isso porque a descontinuidade das operações do hipermercado, que prejudicavam a rentabilidade do grupo, combinada com a readequação de sua estrutura, ora em curso, devem favorecer o ganho de alavancagem operacional nos próximos trimestres”, explica Georgia Jorge, responsável pelo relatório divulgado nesta sexta-feira (10).

A tese de investimento do BB para o grupo, se baseia em quatro pilares:

  1. resiliência do segmento de varejo alimentar, mesmo em cenários de recessão econômica;
  2. força de suas marcas e exploração da fidelização dos seus clientes;
  3. novo ciclo de abertura de lojas; e
  4. aceleração das iniciativas digitais visando à sustentação do incremento na demanda por alimentos via e-commerce.

Também conta a favor da companhia as operações do Grupo Éxito, “que vêm apresentando bons resultados e já representam cerca de 60% das vendas totais”, destaca.

Pressão nas margens

Em relação ao Grupo Mateus, o processo de expansão acelerada “deve levar à perda temporária de alavancagem operacional” no curto prazo, avalia o BB Investimentos.

A instituição lembra que foi apresentado aos investidores, na época do IPO, um plano de expansão focado na densificação de rotas já existentes, “o que contribuiria para o ganho de alavancagem operacional já no curto prazo”.

Entretanto, em 2021, a companhia mudou sua estratégia e optou por criar uma regional para ocupar estados na região Nordeste, ainda não explorados por suas marcas.

O movimento de expansão na região Nordeste implica uma maior pressão sobre as margens operacionais e, por isso, o BB Investimentos projeta margens inferiores no curto prazo.

Ainda assim, a tese de investimento do Grupo Mateus possui alguns pontos fortes, como:

  1. resiliência do segmento de supermercados e hipermercados em cenários macroeconômicos desafiadores;
  2. atuação regional, o que permite que o grupo seja capaz de entender profundamente as características, hábitos e preferências da população em seu entorno;
  3. combinação única de negócios entre varejo e atacado, o que propicia ganho de eficiência logística e permite a centralização de serviços de padaria, hortifruti e frios; e
  4.  aceleração da expansão orgânica mediante o adensamento de rotas logísticas já trabalhadas e a entrada em novas cidades na sua região de atuação.

De riscos, a instituição cita a concentração regional no Nordeste e no Norte, além do acirramento da concorrência.

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Repórter
Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
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Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
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