Comprar ou vender?

GPA (PCAR4) deve ter ano pressionado por alavancagem e concorrência do atacarejo, diz corretora

17 fev 2025, 16:22 - atualizado em 17 fev 2025, 16:24
Pão de Açúcar
(Imagem: LinkedIn/GPA)

A Genial Investimentos rebaixou a recomendação para as ações do GPA (PCAR4), de compra para manter, e reduziu o preço-alvo para R$ 3,50, ante R$ 4,20 – o que representa um potencial de valorização de 18%.

A corretora disse ter levado em conta para o rebaixamento a redução do diferencial entre a inflação geral e a inflação alimentar, que, na avaliação dos analistas, pode impactar negativamente a bandeira Mercado Extra, voltada para as classes B C D. A genial avalia que esse público pode migrar para formatos de cash-and-carry (atacarejo) em busca de preços mais baixos.

O segundo fator, de acordo com relatório assinado por Iago Souza e Nina Mirazon, é o possível aumento da taxa de juros no primeiro semestre de 2025, que pode, na avaliação dos analistas, comprometer o resultado da companhia devido à sua alavancagem financeira, estimada em 2,9x (visão pré-IFRS 16).

Também devem influenciar o desempenho da empresa neste ano a rolagem de dívidas, possíveis provisões trabalhistas e um eventual block trade do Casino.

O que esperar do 4T24 do GPA

A Genial Investimentos projeta que o GPA apresente no quarto trimestre o maior crescimento de Same Store Sales (SSS) do setor, com alta de 6,6% na comparação anual, impulsionada pela evolução dos preços dos alimentos e ajustes no sortimento.

Além disso, a margem bruta deve aumentar 6,5 pontos, a 27,6%, enquanto o Ebitda ajustado deve atingir R$ 475 milhões, alta de 19,6%.

No entanto, a alta alavancagem financeira e o aumento da Selic devem resultar em um prejuízo de R$ 220 milhões no trimestre, segundo a Genial.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
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