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Green money: 3 fundos de investimentos para ganhar dinheiro e, de quebra, ajudar a sociedade

09 jul 2020, 16:43 - atualizado em 09 jul 2020, 16:43
Sustentabilidade-Investimentos
A pressão sobre as autoridades governamentais para um desenvolvimento econômico sustentável está aumentando, afirma Capital Research (Imagem: Pixabay)

A escalada da pandemia de covid-19 fez com que gestores de fundos de investimento e empresas se voltassem ao mercado sustentável do “green money”.  Segundo um relatório divulgado pela Capital Research, a pressão sobre as autoridades governamentais para proporcionar um ambiente mais ecológico e igualitário está aumentando.

A casa de análise de investimentos usou como exemplo uma carta divulgada há duas semanas por gestores de 29 fundos, com aproximadamente R$ 3,7 trilhões em ativos no Brasil, na qual pediam a retirada de uma proposta que incentivaria o desmatamento na Amazônia, alegando “risco sistêmico” aos seus portfólios.

Os gestores de ativos disseram que o fracasso do governo brasileiro em proteger as florestas pode obrigá-los a reconsiderar seus investimentos. É mais um sinal de que grandes fundos institucionais não pretendem tolerar condutas que atentam contra os chamados padrões ambientais, sociais e de governança, ou ESG, na sigla em inglês.

Em reunião virtual realizada hoje (9) com investidores estrangeiros, o governo brasileiro reforçou o compromisso com a preservação do meio ambiente, especialmente no combate ao desmatamento ilegal e a queimadas na Amazônia. Em entrevista à imprensa após a reunião, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse que os investidores esperam ver resultados da política ambiental, antes de retomar os investimentos.

“Em nenhum momento eles se comprometerem com alguma política dessa natureza. A nossa avaliação, é óbvio: eles querem ver resultado. E qual é o resultado que podemos apresentar: é que haja efetivamente uma redução do desmatamento”, disse Mourão.

Queimada desmatamento amazônia meio ambiente sustentabilidade
A Capital Research listou três opções de fundos que buscam retornos competitivos e, de quebra, ajudam a melhorar o mundo (Imagem: REUTERS/ Ueslei Marcelino)

De acordo com o analista Rafael Amaral, da Capital Research, os investimentos financeiros sustentáveis, além de trazerem retorno, chamam atenção por suscitar o debate da desigualdade econômica no país.

“Somos a oitava maior economia do mundo, mas quase metade da riqueza produzida no país está concentrada em apenas 10% da população, nos colocando entre os mais desiguais do planeta. Por conta disso, investimentos financeiros que trazem retorno e ajudam os menos favorecidos tornam-se cada vez mais interessantes”, destaca.

Opções de fundos

A Capital Research listou três opções de fundos que buscam retornos competitivos e, de quebra, ajudam a melhorar o mundo:

Equitas Selection Mão Amiga FIC FIA

Com aplicação mínima de R$ 5 mil, o fundo possui sólida gestão e é formado por empresas líderes de seus setores de atuação.

A exposição do Equitas Selection Mão Amiga FIC FIA à estratégia Selection da gestora é feita pelo fundo master, o Equitas Master Selection FIA. Ele teve um retorno anualizado de 18,96% desde seu início, com uma volatilidade anualizada de 22,43%. No mesmo período, o retorno anualizado do Ibovespa atingiu 4,24%, com uma volatilidade de 25,58% ao ano.

A Equitas atua para oferecer educação a centenas de crianças e adolescentes. Toda a remuneração das taxas de administração e performance é destinado ao Colégio Mão Amiga, que atende mais de 500 famílias e cerca de 1.600 beneficiários indiretamente.

SulAmérica Total Impacto FIA

A carteira do fundo é formada por empresas comprometidas com questões ambientais, sociais e de governança corporativa (ASG).

Desde a sua criação, o SulAmérica Total Impacto FIA, cuja aplicação inicial mínima é de apenas R$ 100, apresentou retorno anualizado de 19,02% e uma volatilidade de 26% ao ano. Já o retorno anualizado do Ibovespa foi de 11,64%, com uma volatilidade anualizada de 29,52%.

O dinheiro da taxa de administração do fundo é destinada à ONG Vagalume, voltada na construção de bibliotecas na Amazônia (Imagem: Pixabay)

O dinheiro da taxa de administração do fundo é destinada à ONG Vagalume, voltada na construção de bibliotecas na Amazônia. Com quase 100 bibliotecas comunitárias sob sua administração, a instituição já distribuiu mais de 124 mil livros e beneficiou mais de 100 mil pessoas.

VRB FIM

O fundo de fundos VRB FIM tem o objetivo de capturar tendências macroeconômicas por meio da seleção de gestores, como Turim Family Office, Brazil Warrant, XP Advisory, UBS Consenso e Tera Capital.

Com aplicação mínima de R$ 10 mil, o fundo, que repassa 55% da taxa de administração a projetos com potencial de impacto em escala, teve retorno anualizado de 9,94% desde que surgiu, enquanto o CDI registrou rentabilidade de 7,73% para o mesmo intervalo.

Atualmente, a VRB apoia cinco organizações localizadas nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do país. O valor estimado de doações pela empresa nos próximos 10 anos é de R$ 35 milhões.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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