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Grendene ainda não espantou fantasma da Covid

30 jul 2021, 18:36 - atualizado em 30 jul 2021, 18:36
Grendene
Apesar do resultado, o mês de junho trouxe um faturamento expressivo (81,5%) como resultado da reabertura do comércio (Imagem: Grendene/Divulgação)

Os resultados da Grendene (GRND3) no segundo trimestre ainda mostram os efeitos provocados pela pandemia da Covid, aponta a XP Investimentos.

A empresa reportou lucro de R$ 39 milhões, alta de 1158% ante mesmo período do ano passado.

A alta se deve, principalmente, por conta da base de comparação, já que o segundo trimestre de 2020 foi marcado pela pandemia da Covid.

“A Grendene divulgou resultados fracos e abaixo de nossas expectativas, mostrando redução do volume de pares vendidos e nas margens de rentabilidade (piores margens bruta e Ebitda dos últimos 10 anos), devido à queda no consumo gerada por conta da pandemia e do aumento de custo das matérias-primas que impactaram diretamente o desempenho da companhia no trimestre”, aponta a XP.

Em termos de despesas gerais e administrativas, a Grendene diminuiu o percentual frente à receita líquida, mas não o bastante para compensar as menores vendas do período.

Já o Ebitda, que mede o resultado operacional, reverteu o prejuízo de R$ 63 milhões do ano passado e fechou em R$ 21,8 milhões.

“Com o resultado financeiro impulsionado pelas aplicações em renda variável, o lucro líquido veio em R$ 33,2 milhões, 43,5% abaixo de nossas expectativas e 32,6% abaixo do lucro do mesmo período de 2019”, apontou a corretora.

Apesar das ciras, o mês de junho trouxe um faturamento expressivo (81,5%) devido a reabertura do comércio, “o que traz uma expectativa positiva para os próximos trimestres”.

O diretor de Relações com Investidores da Grendene, Alceu Demartini de Albuquerque, explica que, além de questões sazonais, o segundo trimestre de 2021, principalmente março e abril, foi marcado por uma nova aceleração da pandemia.

“A imposição de medidas mais rigorosas para conter o avanço da doença resultou em um aumento do nível de incerteza acerca da dimensão da crise e da retomada da economia como um todo”, analisa.

Ainda segundo o executivo, maio foi um ponto de inflexão no trimestre.

“Em virtude da aceleração da vacinação, da flexibilização das medidas de restrição à circulação com a reabertura do comércio e do aumento do otimismo, foi constatado um crescimento expressivo do consumo frente aos dois meses anteriores”, pontua.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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