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Grupo Mateus (GMAT3): Por que ação despenca 13% após resultados do 4T21?

11 mar 2022, 14:32 - atualizado em 11 mar 2022, 14:32
Grupo Mateus
Grupo Mateus: Resultados vieram mais fracos, mas dentro do esperado; inflação de alimentos é risco para ação (Imagem: Grupo Mateus/Divulgação)

Os papéis do Grupo Mateus (GMAT3) caem forte na sessão desta sexta-feira (11), após a empresa divulgar seus resultados do quarto trimestre de 2021.

Porém, mais do que isso, investidores e analistas redobram as preocupações com os efeitos da escalada da inflação para o poder de consumo dos brasileiros.

Por volta das 14h30, as ações da empresa derretiam 13,15%, a R$ 4,69.

Segundo o BTG Pactual, o Grupo Mateus teve resultados mais fracos, embora esperados, no quarto trimestre, considerando um cenário desafiador.

Apesar do menor Auxílio Emergencial e da pressão inflacionária, além de uma base de comparação mais difícil no período, o crescimento do SSS (vendas em mesmas lojas) foi de 1,4% no quarto trimestre e 4,1% em 2021, “comprovando a resiliência das operações do GMAT”.

Já a receita líquida ficou em R$ 5 bilhões, em linha com a projeção e um aumento de 19% no ano.

Na visão da XP, o Grupo Mateus apresentou resultados sólidos, com o Ebitda vindo 19% acima das estimativas por uma dinâmica mais controlada de despesas operacionais.

Apesar disso, a rentabilidade veio pressionada pela estratégia da empresa de investir em competitividade para proteger volumes, enquanto seus balcões de atacado são um diferencial em relação aos concorrentes.

“Em nossa visão, outro destaque foi a manutenção das despesas operacionais (SG&A) como em relação às vendas, apesar da forte abertura de lojas no período”, completa.

Plano de expansão do Grupo Mateus

Para 2022, o Grupo Mateus segue em linha com o esperado, tendo aberto seu 2º Centro de Distribuição na Regional Nordeste, assim como suas duas primeiras lojas na região.

“Vemos com bons olhos o novo conceito de loja híbrida do formato Camiño da empresa, com duas áreas separadas dedicadas ao público B2B (pessoa jurídica/atacarejo) e ao público em geral”, coloca.

O que fazer com o GMAT?

Na visão do BTG, embora a perspectiva de curto prazo seja menos atraente para os varejistas de alimentos,
com alta inflação prejudicando o poder de compra, juntamente com a acirrada concorrência e margens apertadas no setor, “podemos ver um cenário mais animador no caso de uma desaceleração da inflação no segundo semestre”.

“Vemos o conhecimento local e a escala da empresa como importantes barreiras de entrada nos mercados em que atua, enquanto suas perspectivas de crescimento de longo prazo parecem sólidas (28% de CAGR de lucro líquido até 2025) graças ao seu plano de expansão agressivo”, argumenta.

O BTG tem recomendação de compra e preço-alvo de R$ 13.

A XP também reafirmou sua recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 9.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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